Segunda-feira, 01 de julho de 2024

Em Goiás, 95% das pessoas estão vacinadas

Surto de febre amarela em outros estados levou população a se precaver. Secretaria diz que há 80 mil doses de vacina nos postos

Postado em: 23-01-2018 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Surto de febre amarela em outros estados levou população a se precaver. Secretaria diz que há 80 mil doses de vacina nos postos

Marcus Vinícius Beck*

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O surto de febre amarela em vários estados da região sudoeste provocou uma corrida para os postos de saúde de Goiás. Mesmo com o medo que a doença gera na população, a Secretária de Saúde (SES) disse que não há motivos para temor. A pasta garantiu que mais de 95% das pessoas que vivem no estado estão vacinadas. Neste ano, ainda não foi confirmado nenhum caso da doença em Goiás. Em 2017, uma pessoa morreu.

A secretaria afirmou que há 80 mil doses de vacinas disponíveis nos postos. No entanto, o estoque da Central Estadual da Rede de Frio acumula 150 mil doses. Em entrevista coletiva na última semana, o secretário de saúde, Leonardo Vilela, disse que Goiás é apontado pelo Ministério como exemplo no combate e vacinação contra febre amarela no âmbito nacional.  Mas a pasta investiga outros casos da doença no interior do Estado. 

Fracionamento

Em meio à crise, a população tem de estar atenta para alguns pontos. O Ministério da Saúde recomenda que seja aplicado 0,1 ml, mas quantidade da dose é 0,5 ml. A pasta disse que a eficácia é a mesma, porém é válida apenas por oito anos, enquanto a quantia total deixa o vacinado inume por dez anos. Por isso, a orientação é que quem tomar a quantidade menor deve receber um reforço, posteriormente. 

A estratégia de fracionamento da vacina é recomenda pela Organização Mundial da Saúde (OMS) quando há aumento de epizootiais (macacos mortos) e casos de febre amarela silvestre de forma intensa. Os primeiros sinais da doença são febre alta, calafrios, cansaço, dor de cabeça, dor muscular, náusea e vômitos. Quando ela está em estágio avançado, afeta os rins e fígado, além de provocar icterícia (olhos e peles amarelados), sangramento e queda de presão arterial. 

Para controlar a mal-estar, não existe medicamento específico. Analgésicos podem ser utilizados para amenizar a dor, e soro para manter a hidratação. Na área rural, quem é responsável pela transmissão são os mosquitos Haemagogus e Sabethes. Na capital, o Aedes aegypti (o mesmo da dengue, da zika e chicungunha) é o vetor. 

Só em fevereiro

As clínicas particulares que operam em Goiânia só receberão vacinas contra a febre amarela no final de fevereiro. A previsão é de que, caso o carnaval não atrapalhe, novas doses sejam recebidas no final de fevereiro. A justificativa da Associação Brasileira das Clínicas de Vacina (ABCVAC) é de que as vacinas são produzidas fora do país e, por isso, há demora no abastecimento. 

De acordo com a entidade, o número de vacinas não será suficiente para resolver o problema de desabastecimento, mas será uma quantidade expressiva que irá ajudar na imunização. “Essas vacinas serão distribuídas de forma a atender todos os estados”, afirma. Conforme a associação, não há estoque em praticamente nenhuma clínica do país. (Marcus Vinícius Beck é estagiário do jornal O Hoje, sob orientação do editor de Cidades Rhudy Crysthian) 

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