Goiás é o estado do Centro-Oeste que mais gerou empregos formais

Os dados apontam a geração de 7.587 empregos, a maioria no setor de serviços

Postado em: 05-10-2022 às 11h45
Por: Sabrina Vilela
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Os dados apontam a geração de 7.587 empregos, a maioria no setor de serviços | Foto: Arquivo Pessoal

Dados divulgados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged) registrou aumento de empregos formais em Goiás, que também foi o estado com maior destaque na região Centro-Oeste em agosto. Foram gerados 7.587, a maioria no setor de serviços com cerca de 3.679 empregos, seguido do comércio com 1.711. Goiânia foi responsável por 3.377 empregos no mercado de trabalho. 

Todos os estados que compõem o Centro-Oeste  como Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal, foram responsáveis pela geração de 21.515 novos postos. A região Sudeste ficou em primeiro lugar (137.759 ); seguido do Nordeste (66.009 ); depois Sul (35.032); Centro-Oeste (21.515) e a Região Norte (18.171). 

Pontos positivos 

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Coordenador da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) Goiânia, Felipe Teles, avalia que houve um aumento no número de contratações desde abril. Ele afirma que é comum ter mais demissões no início do ano e que as contratações de agora têm relação com a retomada econômica e também o preparativo para as compras de fim de ano e isso faz com que as lojas aumentem a contratação. 

“O setor de comércio e serviço são os que mais contratam. 76,5% dos empregos estão concentrados no setor de comércio e serviço, o que gera uma necessidade de mão de obra. No setor de serviço foram 46% de admissões, enquanto no setor de comércio foi 24,2%”, destaca.

Teles destaca que o aumento é visto com bons olhos, visto que contribui na distribuição de renda para tornar mais acessível os itens de consumo. Segundo ele, é notório um aumento na intenção de compras em relação ao ano passado, muitos consumidores se interessam em pagar o mesmo valor que em 2021. 

O coordenador avalia ainda que mão de obra qualificada é uma carência do setor produtivo como um todo. “No último trimestre a gente costuma ter muitas contratações temporárias, e as pessoas com mais experiências e dedicação acabam ficando no emprego. Têm muitos empregos que são informais e acabam fugindo desses dados, mas a formalização é indicativo de qualificação e isso é positivo a médio e longo prazo”. 

Economia 

O Economista Aurélio Troncoso avalia que o Brasil vai crescer mais que os outros países neste ano. “Enquanto os Estados Unidos e a Europa têm inflação de quase 10% e o desemprego é grande, o Brasil está saindo da crise antes que em outros países”. Segundo ele, o Caged mostrou que muitas pessoas pedem demissão para mudar de emprego. Troncoso destaca ainda que terá um novo modelo de salário, porque subiu o preço de itens no geral e o salário ficou estagnado. Isso pode contribuir para  começar a entender que os salários serão reajustados, conforme destaca o economista.  

Ele destaca o setor de tecnologia que possui muito emprego , mas não tem mão de obra qualificada para a ocupação dos cargos. “Existem vários setores da economia que estão sobrando emprego. As 2078 pessoas empregadas não refletem tudo o que está sendo demandado, mas não tem mão de obra especializada. As pessoas precisam ser treinadas para exercer as funções”. 

O especialista explica que a economia possui mais de 60% do PIB do Estado voltado para a área do serviço e que o sistema deflacionário no país e a inflação despencando é positivo para a economia. Segundo ele, o sistema deflacionário não é bom por muito tempo porque mostra que as pessoas têm dinheiro, mas não estão comprando. 

Aurélio Troncoso explica que a  inflação é o aumento contínuo generalizado de preços  e que ela não é toda ruim, quando ela é controlada. “Se tem aumento de preços é porque está faltando produto no mercado e tem que colocar mais produtos e produzir mais para gerar emprego, renda e mais consumidores no mercado. A inflação é uma febre, serve para mostrar que alguma coisa está errada”. (Especial para O Hoje)

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