Professores da UFG ameaçam não iniciar as aulas se a insalubridade for reduzida

Docentes e servidores do Instituto de Ciência Biológicas (ICB) estão preocupados com as condições de trabalho. Aduf Sindicato marcou uma audiência com o reitor para tratar do assunto

Postado em: 25-01-2018 às 14h40
Por: Victor Pimenta
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Docentes e servidores do Instituto de Ciência Biológicas (ICB) estão preocupados com as condições de trabalho. Aduf Sindicato marcou uma audiência com o reitor para tratar do assunto

Professores e servidores do Instituto de Ciências Biológicas
(ICB) da Universidade Federal de Goiás (UFG) ameaçam não iniciar o semestre letivo por conta da redução da
insalubridade de 20% para 10%. Em reunião com o Adufg Sindicato nesta
quinta-feira (25), mais de 40 docentes relataram as preocupações com as
condições de trabalho e a indignação com a portaria da universidade que reduziu
a insalubridade, sem sequer aviso prévio.

A portaria foi baixada em 27/12/2017 e contraria a decisão do Conselho Universitário (Consuni), órgão máximo da universidade, que já havia aprovado por unanimidade
Relatório da comissão formada naquele órgão máximo para encaminhar propostas
relativas à insalubridade.

De acordo com os docentes, atualmente três servidores
laboratório de anatomia estão em tratamento de câncer e três morreram nos
últimos três anos como reflexo do trabalho desempenhado. Além disso, os
servidores afirmam que se sentiram enganados pela UFG após assinarem um
documento que garantia o uso de equipamentos de segurança, como EPIs. Tais
acessórios não foram entregues aos profissionais e a universidade utilizou este
documento assinado por todos como argumento para baixar a portaria.

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“O sindicato está agindo juridicamente e politicamente para
resolver a situação do ICB com a máxima urgência”, afirma o presidente do
Adufg, Flávio Alves da Silva. O sindicato já encaminhou no dia 24 um ofício ao
reitor Edward Madureira exigindo a revogação imediata da portaria como um dos
primeiros atos de sua terceira gestão. 

Além disso, exige o cumprimento pelo
Departamento de Pessoal da UFG do que foi amplamente discutido no Consuni, bem
como a reparação do equívoco da decisão tomada pela gestão anterior que cortou
a insalubridade dos docentes do ICB e da Regional Jataí, que tiveram tais
modificações realizadas em momentos anteriores.

O Adufg solicitou também uma audiência com o reitor com pauta
única para tratar do assunto. No dia 01 de fevereiro, o sindicato vai tratar com
prof. Edward diversos outros assuntos relativos a categoria. O sindicato cobra,
em nome dos docentes, os compromissos firmados pela chapa do reitor Edward
Madureira, onde foi garantida a “normalização da concessão de insalubridade
pela implementação de ações mais ágeis e que a lei seja cumprida”. 

Foto: Reprodução/UFG

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