Setor de atacarejos cresce 21,4% no Centro-Oeste enquanto o varejo cai

O resultado se mostra muito acima da média de 9,6% do varejo moderno brasileiro, sistema que inclui os canais de autosserviço alimentar e as redes de farmácia

Postado em: 13-10-2022 às 07h30
Por: Alexandre Paes
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O resultado se mostra muito acima da média de 9,6% do varejo moderno brasileiro, sistema que inclui os canais de autosserviço alimentar e as redes de farmácia | Foto: reprodução

O setor de atacarejos é o que mais cresce em Goiás, principalmente com a rápida expansão das lojas que trabalham com o auto atendimento e menor número de funcionários em relação aos supermercados varejistas e hipermercados no Estado.

O levantamento da NielsenIQ mostra que entre 3 de janeiro e 20 de março, o atacarejo elevou suas vendas em 21,1% em comparação com o mesmo período do ano anterior. O resultado se mostra muito acima da média de 9,6% do varejo moderno brasileiro, sistema que inclui os canais de autosserviço alimentar e as redes de farmácia, além do próprio atacarejo.

Segundo relatório da Nielsen que detalha o cenário das vendas nas 11 primeiras semanas de 2022, existe uma liderança do cash & carry no setor, os dados mais recentes são sobre as vendas no autosserviço alimentar brasileiro.

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No Centro-Oeste, o faturamento do cash $ carry cresceu 21,4% nas 11 primeiras semanas de 2022, mas a expectativa de crescimento do setor é muito maior, principalmente após o anúncio do Grupo Pão de Açúcar (GPA) sobre o fim da bandeira de hipermercados Extra Hiper, abandonando um segmento do mercado que vem enfrentando dificuldades em crescer diante da concorrência com o atacarejo e impactos da pandemia sobre os consumidores.

O Fim da bandeira foi acertado em um acordo com o Assaí, grupo de atacarejo do francês Casino, mesmo grupo controlador do GPA, o acordo calculado em torno de R$ 5,2 Bilhões, vendeu para o Assaí 71 lojas Extra Hiper e todas serão convertidas em atacarejos.

O GPA desistiu do formato de hipermercado. “Passamos por profundas mudanças e tomamos importantes decisões para o futuro dos negócios do grupo, Iniciamos o ano com a cisão do negócio de atacarejo (Assaí) e finalizamos um ciclo com a descontinuidade do formato de hipermercados do grupo no Brasil, suportados por uma análise de médio e longo prazos das tendências do varejo”, afirma Frederic Garcia, diretor de operações do GPA.

Porém o avanço mais destacado acontece na região Sul, onde as vendas em valor já subiram 34,4% . O segundo melhor desempenho do atacarejo (+25,9%) aparece na área Nielsen que inclui os estados de Minas Gerais, Espírito Santo e o interior do Rio de Janeiro.

No RJ a alta foi de 20,1% e no Interior de SP, de 19%. Nordeste e Grande SP registraram avanços um pouco mais tímidos, porém ainda assim bem expressivos, respectivamente de 17,5% e 15,8%.

Crescimento distante

No total Brasil, nenhum formato do Varejo Moderno chega perto do avanço registrado pelo atacarejo neste ano. O segundo canal em crescimento das vendas em valor são as redes de farmácia, com alta de 11,8%. 

Entre o início de janeiro e o dia 20 de março, os supermercados grandes venderam 7,8% a mais do que no mesmo intervalo de semanas de 2021, enquanto os supermercados pequenos subiram 4,4%. Já os hipermercados são o único formato com resultado negativo: queda 6,8% no valor das vendas.

Em Goiânia não existem mais só atacarejos do setor de alimentação, mas é possível acompanhar o crescimento, principalmente do autosserviço em várias áreas do comércio como o investimento do Mega Moda Shopping de Varejo, que associa as vendas de atacado a um ambiente varejista. Também o Fujioka distribuidor, estrategicamente instalado no Setor Oeste, convertendo uma loja de eletrônicos em atacarejo, vendendo tanto para pessoas físicas quanto jurídicas e vários outros segmentos. (Especial para O Hoje)

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