Quatro pessoas são indiciadas por venda ilegal de lotes da prefeitura em Catalão

Inquérito investigou a venda ilegal de lotes pertencentes à prefeitura. Mais de 60 pessoas foram ouvidas durante o trabalho da Polícia Civil

Postado em: 30-01-2018 às 14h15
Por: Victor Pimenta
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Inquérito investigou a venda ilegal de lotes pertencentes à prefeitura. Mais de 60 pessoas foram ouvidas durante o trabalho da Polícia Civil

Quatro pessoas foram indiciadas pelos crimes de estelionato, falsificação de documento público e organização criminosa após oito meses de investigação da Operação Ponto Final, no município de Catalão. Matheus Ribeiro Esteves Silva, Henrique Antero da Silveira, Paulo Henrique Gregório da Silva e Bruno Borges Dantas estão envolvidos no caso. O inquérito investigou a venda ilegal de lotes pertencentes à prefeitura da cidade.

De acordo com operação, um grupo de pessoas, a
maioria ex-funcionários da Prefeitura Municipal e da Câmara Municipal, passou a
oferecer pela cidade terrenos de propriedade da Prefeitura de
Catalão, sob a falsa alegação de que seriam lotes remanescentes de leilões. Os indivíduos passavam-se por servidores públicos, negociavam a venda dos lotes por preços
abaixo de mercado e embolsavam o dinheiro.

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Os investigados falsificavam um documento intitulado Contrato
de Concessão de Direito Real de Uso e o entregavam ao particular “adquirente”.
O esquema contava ainda com um grupo que tinha acesso ao sistema da prefeitura
de catálogo dos lotes e realizava a transferência, no sistema, do titular do
imóvel. No período de investigação, mais de uma dezena de lotes teriam sido
ilegalmente vendidos pelo grupo criminoso.

Ao todo, mais de 60 pessoas foram ouvidas durante o trabalho
da Polícia Civil (PC), entre particulares, funcionários públicos e investigados. As
investigações incluíram depoimentos de pessoas, análise de dados telefônicos, fiscais
e bancários dos suspeitos e vistorias in loco efetivadas pela Prefeitura
Municipal.

Segundo o delegado regional Jean Carlos Arruda, a conclusão
do inquérito policial, mais do que impedir elevado prejuízo econômico aos
cofres públicos, serve para alertar e esclarecer a população acerca dos crimes
cometidos por quem falsamente vende terrenos públicos, e também por quem
adquire. “Quem aceita receber um documento falsificado e comprar um
terreno por preço muito abaixo de mercado tem plena convicção de que o negócio
não é legal”, considerou.

Foto: Divulgação/Polícia Civil

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