Pneus são usados para construir parques
Ação tem como objetivo retirar das ruas materiais descartados e inutilizados. Outros espaços feitos a partir de pneus velhos devem ser inaugurados em breve
Por: Sheyla Sousa
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Marcus Vinícius Beck*
A Agência Municipal de Meio Ambiente (Amma) inaugurou ontem dois parques feitos com pneus em Goiânia. Localizados nos setores Oeste e Jardim Goiás, eles devem ser destinados para o público de terceira idade e infantil. Outros parques da Capital também podem receber os mesmos benefícios, mas ainda não possuem data prevista para que comecem a funcionar.
De acordo com o presidente da Agência, Gilberto Marques Neto, o piso do parque foi feito totalmente de borracha atua no processo de permeabilização do solo, e proporciona ares sustentáveis a Goiânia. Cada parque gasta em média mil pneus para a produção do piso de borracha.
O projeto, segundo o presidente, ainda permitirá maior acessibilidade para crianças portadoras de necessidades especiais. “A Amma cumpre, portanto, uma ação necessária em sustentabilidade ao utilizar nos pisos pneus usados, que seriam descartados e gerariam poluição ambiental”, diz.
Ainda conforme Gilberto Marques Neto, a iniciativa do órgão que preside representa uma ação essencial para que seja promovido um impacto positivo no meio ambiente. “Vemos que a reciclagem é o caminho certo a se tomar na preservação ambiental, cujos resultados são benefícios tanto para a natureza como para a economia do país”, completa.
Coleta
Três vezes por semana a Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) fez coleta de lixo orgânico na cidade. A coleta seletiva é responsável em média por mais de 3,8 mil toneladas mensais. Os materiais são destinados às 15 cooperativas ligadas à prefeitura. No entanto, alguns bairros de Goiânia apresentam problemas nas coletas de lixo. Moradores de Jardim Guanabara e Setor Jaó criticaram o lixo acumulado nas portas de suas casas.
Mas o problema não é exclusivo destes setores da Capital. Moradores da região norte de Goiânia afirmam que a coleta chegam a ficar alguns dias sem passar nas ruas dos locais onde moram, o que contribui para que haja aumento na quantidade de entulhos e na proliferação do mosquito transmissor da dengue.
Ambientalista, a estudante universitária Júlia Aguiar, 21, afirmou que atirar lixo nas ruas é um ato “emburrecedor”. “O meio ambiente, que já é maltratado pelo sistema capitalista, vem sendo mais uma vez brutalmente agredido por pessoas que não ligam para sua preservação”, declara, acrescentando: “esse problema não é encontrado apenas em bairros periféricos, embora a população precise se conscientizar acerca dos efeitos da poluição”.
Em dezembro, a Comurg disse que alguns servidores faltaram por conta das festas de final de ano e, por isso, o atendimento a algumas regiões da cidade foi prejudicado. Porém, o órgão afirmou que tomaria algumas medidas rapidamente. A Companhia destacou que as atividades de preservação do espaço urbano devem ocorrer intensamente. Ações para o Carnaval também são previstas pela Comurg. (Marcus Vinícius Beck é estagiário do jornal O Hoje, sob orientação do editor de Cidades Rhudy Crysthian)