Brasil deve ter 600 mil novos casos de câncer por ano em 2018 e 2019

O câncer de pele não melanoma é o mais frequente no país, e a segunda posição é ocupada pelo câncer de próstata, para homens, e de mama, para mulheres

Postado em: 02-02-2018 às 12h20
Por: Márcio Souza
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O câncer de pele não melanoma é o mais frequente no país, e a segunda posição é ocupada pelo câncer de próstata, para homens, e de mama, para mulheres

O Brasil deve registrar cerca de
600 mil novos casos de câncer por ano em 2018 e 2019, divulgou hoje (2) o
Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca) na Estimativa
2018 de Incidência de Câncer no Brasil. O câncer de pele não melanoma é o mais
frequente no país, e a segunda posição é ocupada pelo câncer de próstata, para
homens, e de mama, para mulheres.

Considerado menos letal, o câncer
de pele não melanoma deve ter cerca de 165 mil novos casos diagnosticados por
ano. Se esses casos não forem levados em consideração, as mulheres brasileiras
terão como tipos de câncer mais incidentes o de mama (59 mil casos), de
intestino (com quase 19 mil) e o de colo de útero (16 mil).

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Entre os homens, a próstata é a
parte do corpo que deve ser mais acometida pela doença, com 68 mil casos,
seguida pelo pulmão, com 18 mil, e o intestino, com 17 mil.

O perfil da incidência de câncer
no Brasil varia de acordo com a região, se assemelhando mais a países
desenvolvidos nas Regiões Sul e Sudeste, com mais tumores de intestino e menor
incidência de câncer de colo de útero em mulheres e estômago em homens.

Nas regiões Nordeste e Norte, o
câncer de estômago tem uma incidência maior entre homens, e o câncer de colo de
útero ainda está mais presente entre as mulheres. Esses dois tipos de câncer
são mais associados a infecções, possuem maior potencial de prevenção e têm
maior incidência em países menos desenvolvidos.

Os homens devem apresentar mais
casos de câncer que as mulheres em 2018, com cerca de 300 mil casos, enquanto
elas devem ter 282 mil novos casos.

Ao apresentar os dados, o Inca
exibiu vídeos de pessoas que se curaram de câncer e reforçou a campanha contra
a estigmatização da doença, que tem como slogan “o câncer não pode acabar
com a vontade de viver”.

O instituto reforçou também a
necessidade de combater a desinformação sobre a doença, promovendo um debate
sobre fake news, saúde e câncer. A diretora-geral do Inca, Ana Cristina Pinho
Mendes destacou que as notícias falsas podem afastar as pessoas do tratamento
correto e gerar frustrações.

“A proliferação de mensagens
falsas e incompletas leva muitos a seguir conselhos que na maioria das vezes
são desprovidos de qualquer embasamento científico”, disse a diretora ao
destacar que um terço dos casos de câncer podem ser evitados, por serem
associados a fatores como o tabagismo, a inatividade física, a obesidade e
infecções como o HPV. 

Fonte: Agência Brasil. Foto: Reprodução 

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