Quinta-feira, 28 de março de 2024

Chuvas podem intensificar casos de dengue em Goiás 

No estado, o número de casos confirmados da doença este ano foi 169 mil, até a semana 41

Postado em: 24-10-2022 às 09h00
Por: Sabrina Vilela
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No estado, o número de casos confirmados da doença este ano foi 169 mil, até a semana 41

Dados do boletim epidemiológico disponibilizado pela Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO) mostram que o número de casos confirmados da doença este ano foi 169.184, até a semana 41. Já no período de 12 meses de 2021 foram contabilizados 41.423 casos. Ou seja, houve um aumento de 310,34%. Goiânia foi o município goiano com mais notificações da doença, cerca de 56.717, seguido de Anápolis com 25.947 e 24.201 na cidade de Aparecida de Goiânia. 

Apesar das chuvas nos últimos dias os números de notificações de dengue foram mais baixas, com 353 casos na 41º semana deste ano. A última atualização aponta ainda que os municípios de Ouvidor e Professor Jamil Municípios estão com maior coeficiente de incidência de dengue – número de casos por 100.000 habitantes – em situação de alto risco. Outros 13 são considerados de médio risco. 

No que se refere ao número de óbitos, o estado teve registro de 135. As cidades com mais registros de mortes foram Goiânia com 34, Aparecida de Goiânia com 12 e Anápolis com 10.  dengue pode evoluir para casos graves e até levar à morte. Por isso, o médico infectologista Marcelo Daher alerta que aos primeiros sinais de sintomas, a pessoa deve procurar o médico imediatamente, porque em alguns casos pode evoluir de forma grave. Embora os sintomas sejam parecidos com outras doenças como gripe e Covid-19 tem como diferença por meio da dor no corpo que é fora do comum e manchas na pele, que começam a aparecer a partir do sexto dia. 

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A partir do momento que a pessoa contrai a doença, é necessário um monitoramento constante. “Isso é feito por meio da realização de hemogramas constantes, para avaliar queda de plaquetas e a hemoconcentração, para saber se a pessoa está com hidratação suficiente ou não”, explica o infectologista. 

Leia também: Mortes por dengue supera 2021 com aumento superior a 181%

Prefeitura tenta minimizar problemas relacionados à dengue 

Coordenador estadual de combate às arboviroses, Murilo do Carmo afirma que Goiás registrou um aumento multifatorial devido ao volume de chuvas bem expressivo. Consequentemente quanto maior a oferta de água nos criadores, maior é a quantidade de mosquito circulando, o que gera mais casos de dengue e de febre chikungunya. Outro fator apontado pelo coordenador é a circulação de dois tipos de vírus no estado, quanto mais tipo de vírus circulando maior é a quantidade de pessoas que vão se infectar. 

“Os dados mostram que mesmo as pessoas na pandemia em casa ou fora dela não mudaram os hábitos de conduta em relação à eliminação de criadouros e mesmo assim hoje permanece baixa adesão na sociedade em fazer o trabalho de eliminação do criadouro do mosquito”, explica Carmo. 

Algumas ações disponibilizadas pelo estado como forma de minimizar as ações do mosquito foram a qualificação com vários profissionais da atenção primária e  secundária com os municípios – qualificação desses médicos para poder atender esse paciente de maneira correta -, distribuição de medicamentos de dipirona, soro injetável, dipirona comprimido, distribuição antecipada de inseticidas. “Nós fizemos a aquisição de cerca de 18 a 20 bombas pesadas. São 18 bombas pesadas que são conhecidas como os carros fumacês que já estão à disposição das regionais para uso”, salienta. Carmos destaca que as ações envolvem também fazer a aquisição de mais bombas leves para os agentes e a manutenção das bombas costais leves, a reforma da central de UBV – onde são preparados os inseticidas para os municípios -, para tentar ao máximo minimizar a quantidade de mosquitos Aedes Aegypti. (Especial para O Hoje)  

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