Anvisa aprova medicamento para hipertensão arterial pulmonar

O que difere das terapias tradicionais é que o fármaco é de uso oral e age seletivamente, o que mantém a eficácia por mais tempo

Postado em: 06-02-2018 às 14h20
Por: Victor Pimenta
Imagem Ilustrando a Notícia: Anvisa aprova medicamento para hipertensão arterial pulmonar
O que difere das terapias tradicionais é que o fármaco é de uso oral e age seletivamente, o que mantém a eficácia por mais tempo

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou nesta terça-feira (6) o uso a longo prazo do medicamento selexipague para pacientes com hipertensão arterial pulmonar (HAP). A doença é considerada grave e afeta cerca de 10 mil brasileiros. O que difere das terapias tradicionais é que o fármaco é de uso oral e age seletivamente, o que mantém a eficácia por mais tempo.

Dentre os novos benefícios, o medicamento diminui 40% no risco de morbi-mortalidade associada à HAP. Assim como reduz a chace de eventos adversos. O selexipague atua diretamente como um agonista do recepctor IP de prostaciclina induzindo à vasodilatação e inibindo a proliferação de células musculares lisas vasculares. O fármaco dilata as artérias pulmonares, facilitando a função do coração de bombear sangue e, consequentemente, melhorando os sintomas da HAP.

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Adicionalmente, a sua apresentação para uso oral facilita a adesão ao paciente, uma vez que a maioria dos fármacos que atuam nessa via (prostanóides e análogos da prostaciclina) está disponível em formulações inalatórias e venosas, até então dificultando a utilização dessa classe de medicamentos.

HAP

A Hipertensão Arterial Pulmonar é caracterizada pela elevação anormal da pressão nas
artérias entre o coração e os pulmões, o que pode levar à insuficiência cardíaca e
à morte. A doença está relacionada a um desequilíbrio de diferentes vias
metabólicas e seu tratamento consiste em atuar nessas vias com o objetivo de
alterar o curso fatal da doença.

Falta de ar, cansaço extremo e fadiga são alguns sintomas da
hipertensão arterial pulmonar. Seu diagnóstico é difícil de ser reconhecido,
pois os sinais são comuns a outras enfermidades como asma, bronquite ou
insuficiência cardíaca. Embora seja mais comum em adultos jovens e em mulheres,
a HAP atinge pessoas de todas as idades.

 Foto: Reprodução/O Nacional

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