Após as fortes chuvas desta segunda-feira (31), vários bairros em Goiânia e Aparecida de Goiânia ainda permaneciam sem energia até a tarde desta terça-feira (1º). Consumidores relatam que não recebem a manutenção e tem causado prejuízos no comércio.

Elisabete Pereira proprietária de uma ótica no Setor Aeroporto, reclama da falta de energia desde às 17h e 20min de segunda-feira enquanto falamos com ela, os semáforos na região voltaram a funcionar às 16h e 20, quase 24 horas após a primeira reclamação com a Enel. Na região, lanchonetes, restaurantes e vários outros comércios precisaram fechar as portas, “uma lanchonete aqui na quadra precisou fechar as portas, todos os sorvetes e picolés que eles vendem derreteram, não tinha como manter salgados quentes, é muito prejuízo”, denuncia Elisabete.

A proprietária da ótica ainda relata que perdeu muitas vendas devido à falta de energia. “Nossos telefones são todos dependentes da energia, a internet, até meu celular já está com apenas 10% de bateria e não vou conseguir terminar o dia com ele. Tudo isso impacta diretamente nas vendas e compromissos que fazemos com os clientes”, concluiu Elisabete.

Na mesma quadra, Aline Costa, responsável por uma farmácia de manipulação, relata prejuízos em torno de R$10 mil com a falta de energia. “Fora os medicamentos que devem ser mantidos em geladeira que estão perdendo e tivemos que remanejar alguns, ainda tem as máquinas de cartão que não conseguimos carregar, além dos telefones que precisam de energia e internet. acabamos ficando sem vender muito pra quem tentava nos procurar”.

As fortes chuvas na noite desta segunda-feira (31), na Região Metropolitana de Goiânia, derrubou 14 árvores e deixou 18 semáforos sem funcionar. Segundo a Enel Goiás, foram registradas rajadas de ventos de até 80 km/h que lançaram galhos nas redes elétricas e provocaram danos ao fornecimento de energia.

Entre os bairros mais impactados pela falta de energia foram Setor Bueno, Setor Aeroporto, Setor Ferroviário, Setor Marista, Setor Nova Suíça e Parque Amazônia. 

Segundo a Secretaria de Mobilidade Urbana (SMM) informou no início desta terça-feira (1º) que ainda haviam 18 sinaleiros inoperantes por falta de energia elétrica. A Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) também informou que 14 árvores e 8 galhos caíram durante as chuvas.

As ocorrências foram registradas no setor Jaó, Santa Genoveva, Campinas, Centro-Oeste, Oeste, Bueno, Jardim América, Negrão de Lima, Funcionários, Aeroporto e  Vila Abajá. Na T-55 com  T-02, os agentes de trânsito tiveram que improvisar uma rotatória com cavaletes da SMM hoje para facilitar o fluxo de veículos e reduzir o congestionamento no horário de pico. A estrutura deve permanecer no local até o retorno da energia elétrica. A pasta recomenda prudência aos condutores nas regiões atingidas pela falta de semáforo em funcionamento.

O problema foi decorrente de danos à rede elétrica causados pela queda de árvores e  lançamento de galhos e objetos sobre a fiação, de acordo com a assessoria de imprensa da Enel Goiás. A empresa afirma ter aumentado  em 50% a quantidade de equipes nas ruas da cidade para consertar os estragos. A interrupção também ocorreu em outras regiões do estado e os funcionários estão enfrentando dificuldades para chegar até as regiões mais atingidas pelas chuvas por causa do bloqueio promovido em algumas rodovias goianas.

A Enel Goiás informou em nota que vem trabalhando para o restabelecimento da energia. Veja abaixo:

A Enel Distribuição Goiás informa que cerca de 90% dos clientes impactados pela chuva de ontem (31) já estão com o serviço normalizado. A companhia ressalta que apesar de todos os estragos que a chuva causou à rede elétrica, conseguiu restabelecer com rapidez o fornecimento de energia, visto que em três horas metade dos clientes afetados foram restabelecidos.

A empresa destaca que, para minimizar os impactos, aumentou em cerca de 50% as equipes em campo. A distribuidora acrescenta que as equipes continuam atuando para normalizar todas as regiões o mais breve possível, apesar dos bloqueios em algumas rodovias do Estado, que estão dificultando o remanejamento de equipes extras para as localidades mais atingidas.