Exportações goianas crescem 78% e safra de graõs deve chegar a 32,1 milhões de toneladas 

Só no último mês, o Estado registrou US$1,018 bilhão em exportações e US$405 milhões de importações

Postado em: 10-11-2022 às 10h45
Por: Sabrina Vilela
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Só no último mês, o Estado registrou US$1,018 bilhão em exportações e US$405 milhões de importações. | Foto: Reprodução

As exportações de Goiás tiveram aumento de 77,82% no mês de outubro se comparado com o mesmo período do ano passado. O saldo superavitário foi de US$613 milhões. Só no último mês, o Estado registrou US$1,018 bilhão em exportações e US$405 milhões de importações. A notícia também é boa para a produção de grãos na safra 2022/2023. Goiás deve alcançar uma produção total de 32,1 milhões de toneladas de grãos no ciclo atual, crescimento de 11,6% em relação ao ciclo anterior (2021/2022), de acordo com dados do 2º Levantamento da Safra de Grãos, publicado nesta quarta-feira (9/11) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Os municípios goianos que foram destaque na comercialização de mercadorias no mês passado foram Rio Verde, Jataí, Itumbiara, Palmeiras de Goiás e Anápolis. Já as vendas que mais lideraram foram da soja – que se destaca em farelo, grão e óleo -; carne (que representa 17,38%; milho milho com 13,41%; algodão com 8,56% ; e ferroligas 6,82%. Os países que mais fazem os pedidos desses commodities são China, Japão, Coreia do Sul e Holanda.

Já os países que venderam mais para o estado foram China, Rússia, Estados Unidos e Alemanha no envio de adubos; produtos farmacêuticos; veículos automóveis, reatores nucleares, produtos químicos orgânicos e combustíveis minerais. E os principais consumidores foram os municípios de Anápolis, Catalão, Aparecida de Goiânia e Goiânia.

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Movimento histórico 

Superintendente de Produção Rural Sustentável da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (SEAPA) , Donalvam Maia que trata as exportações como movimento histórico principalmente no que se refere à China que é a maior compradora de commodities brasileiras. 

Ele afirma que a ideia seria aumentar o comércio exterior que houve um aumento muito em commodities, isso aumenta os custos da balança comercial de exportação. Outro destaque dado pelo superintendente é para as carnes, que estão entre os produtos mais exportados. 

“Há cerca de três meses as carnes tiveram as exportações paradas. Foram questões pontuais, como a China disse que foi verificado umas questões sanitárias até de Covid-19 e isso deu uma segurada. Que refletiu nos preços que subiram”. 

Balança comercial

Ainda no que refere às exportações, Donalvam esclarece que também pode acontecer da exportação ser impedida por outros motivos. “Quando a exportação é impedida quando um comprador tem muito poder, ele pode usar de uma questão sanitária e dar uma segurada nas compras que pode mexer com os preços. Mas o alarde pode ser politicamente um pouco mais inflacionado, principalmente quando é nosso maior consumidor”, explica.

No caso do algodão goiano, ele se destaca pela qualidade apesar de terem poucos produtores aqui em Goiás. Maia afirma que em Goiás existem pelo menos 30 produtores de algodão. 

“Temos a questão da rastreabilidade que é algo solicitado pelo mundo inteiro, questões de sustentabilidade que são bem tratadas com nossos produtores de algodão. Temos cerca de 30 produtores de algodão aqui em Goiás que tem um bom volume. A relevância da produção de algodão que temos aqui é pela qualidade. O algodão é aceito em quase todos os lugares do mundo, apesar de que a nossa área não é a maior”. 

Quando é analisada a balança comercial, Goiás tem uma grande saída do agronegócio de exportações e isso traz dividendos de produto a que seja de soja, in natura, todo complexo de soja. Mas, segundo o superintendente, o Estado possui uma grande entrada de fertilizantes, que foi uma grande preocupação do Brasil quando quando estava iniciando o conflito entre Rússia e  Ucrânia.

“O estado de Goiás tem uma grande preocupação com a sustentabilidade e ele também foi o primeiro estado a instituir uma lei de bioinsumos aqui no estado, que são insumos biológicos sejam eles defensivos agrícolas ou também fertilizantes para tornar biodefensivos e biofertilizantes. Isso ajuda o produtor a desvalorizar, diminuir um pouco essa importação, diminuir um pouco o custo do produtor rural”.

Acumulado do ano

A balança comercial do Estado consolidou US$ 12,174 bilhões de exportações no acumulado do último ano. Isso significa um crescimento de 52,56% em comparação ao mesmo período do ano passado, e as importações somaram US$ 5,217 bilhões. 

Goiás se mantém em 8º posição nacional com saldo positivo de US$ 6,957 milhões. Mas se levar em consideração somente o valor das exportações, o Estado fica na 9ª posição a nível nacional.

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