Brasileiros terão churrasco mais caro e energia mais barata para assistir os jogos da Copa, diz pesquisa
Segundo levantamento, carne e cerveja tiveram alta de 5,8% nos últimos 12 meses, enquanto luz apresentou deflação de quase 20%
Faltando nove dias para a Copa do Mundo do Catar, uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV Ibre) levantou a inflação dos principais produtos e itens consumidos por quem gosta de reunir a família e os amigos para acompanhar as partidas.
O resultado foi puxado principalmente pela energia elétrica e pela comunicação, que registraram, respectivamente, deflação de 19,59% e 3,07%. A conta de luz, por exemplo, foi influenciada pela adoção da bandeira verde, após um período da bandeira de escassez hídrica.
Itens como churrasco também tiveram alta. A cerveja está 10,9% mais cara, já refrigerantes e água chegaram a 11,10% de aumento. As carnes bovinas subiram 5,8% e as suínas, 2,46%.
De acordo com avaliação do economista Matheus Peçanha, pesquisador responsável pelo estudo a carne pode pesar, caso o desejo do consumidor, seja encher a geladeira todos os dias. “A energia caiu muito por conta do ICMS, que foi cortado. No churrasco, a gente vê que a carne bovina sofre mais com a dinâmica internacional e aumento dos custos de produção. No entanto, se você considerar que todos os dias de jogos vai encher a geladeira e fazer churrasco, vai pesar mais no bolso, o churrasco”.
Para quem deseja economizar, a pesquisa traz opções de cortes que tiveram queda no período dos últimos 12 meses, como o pernil de porco, o lombo, a costela suína e a costela bovina.
Sair de casa, também não será a opção mais econômica. O custo da alimentação em bares e restaurantes subiu em média 8,06% nos últimos 12 meses.”Foi um setor que sofreu muito na pandemia, enfrentou dois anos com alta dos alimentos e agora, nesses momentos de alta demanda, infla mais o preço”, destacou Peçanha.
Outros produtos que compõem a cesta e que apresentaram uma leva alta foram os artigos esportivos e os artigos de decoração. No entanto, o pesquisador destaca que esses itens geralmente são comprados em períodos sazonais e têm baixa prioridade de compra em comparação com os demais.
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