Serviço cresce, mas empregos são de baixa qualidade e remuneração

Ao avançar 0,9% em setembro de 2022, o volume de serviços registra o quinto resultado positivo seguido, com ganho acumulado de 4,9%

Postado em: 17-11-2022 às 08h00
Por: Vinicius Marques
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Ao avançar 0,9% em setembro de 2022, o volume de serviços registra o quinto resultado positivo seguido, com ganho acumulado de 4,9%. | Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Em setembro de 2022, o volume de serviços no Brasil cresceu 0,9% frente a agosto, na série com ajuste sazonal. O setor de serviços se encontra 11,8% acima do nível de fevereiro de 2020 (pré-pandemia) e alcança o novo ponto mais alto da série histórica, superando novembro de 2014.

Na série sem ajuste sazonal, no confronto com setembro de 2021, o volume de serviços avançou 9,7%, décima nona taxa positiva consecutiva. No acumulado do ano, o volume de serviços subiu 8,6% frente a igual período de 2021. O acumulado nos últimos doze meses passou de 9,0% em agosto para 8,9% em setembro, mantendo a trajetória descendente iniciada em abril de 2022 (12,8%).

Ao avançar 0,9% em setembro de 2022, o volume de serviços registra o quinto resultado positivo seguido, com ganho acumulado de 4,9%. Com isso, o setor de serviços alcança o novo recorde histórico, superando novembro de 2014, que agora está 0,7% abaixo de setembro de 2022. O volume de serviços está 11,8% acima de fevereiro de 2020, o patamar pré-pandemia.

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A alta de 0,9% do volume de serviços de agosto para setembro de 2022 foi acompanhada por três das cinco atividades investigadas. Os destaques foram para informação e comunicação (2,0%), que registrou o terceiro resultado positivo seguido, com ganho acumulado de 4,1%. As demais expansões vieram dos serviços prestados às famílias (1,0%) e dos profissionais, administrativos e complementares (0,2%). O primeiro setor emplacou o sétimo crescimento seguido, período em que assinalou um ganho acumulado de 11,7%; e o segundo mostrou um comportamento mais modesto, com ganho agregado de 0,3% nos dois últimos meses.

Em sentido oposto, os transportes (-0,1%) e os outros serviços (-0,3%) exerceram as influências negativas de setembro. O primeiro interrompeu uma sequência de quatro taxas positivas e o segundo devolveu uma pequena parte do avanço 7,7% verificado em agosto.

A média móvel trimestral foi de 1,1% no trimestre encerrado em setembro de 2022 frente ao mês anterior, mantendo a trajetória ascendente desde julho de 2020.

Em setembro de 2022, o volume do setor de serviços avançou 9,7% frente a setembro de 2021, décima nona taxa positiva seguida. Houve expansão em todas as cinco atividades e crescimento em 63,3% dos 166 tipos de serviços investigados. Entre os setores, o de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (15,3%) exerceu a principal contribuição positiva sobre o volume total de serviços. Os demais avanços vieram dos serviços de informação e comunicação (6,0%); dos profissionais, administrativos e complementares (6,9%); dos prestados às famílias (17,8%) e de outros serviços (2,6%).

O acumulado do ano, frente a igual período de 2021, foi de 8,6%, com quatro das cinco atividades de divulgação apontando taxas positivas e crescimento em 65,7% dos 166 tipos de serviços investigados. Entre os setores, a contribuição positiva mais importante veio de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (14,1%), impulsionado pelo aumento das receitas nos segmentos de transporte rodoviário de cargas; transporte aéreo de passageiros; rodoviário coletivo de passageiros; gestão de portos e terminais; e navegação de apoio marítimo e portuário. Os demais avanços vieram de serviços prestados às famílias (30,3%), profissionais, administrativos e complementares (7,6%); e informação e comunicação (3,2%).

Serviços cresceram em 19 das 27 Unidades da Federação

Regionalmente, 19 das 27 unidades da federação assinalaram expansão no volume de serviços em setembro de 2022, na comparação com o mês imediatamente anterior, acompanhando o avanço (0,9%) no Brasil. Os impactos mais importantes vieram de Rio de Janeiro (0,7%), seguido por Santa Catarina (2,6%), Rio Grande do Sul (1,0%) e São Paulo (0,1%). Em contrapartida, Paraná (-2,3%) exerceu a principal influência negativa, seguido por Pernambuco (-1,6%) e Minas Gerais (-0,2%).

Frente a setembro de 2021, o avanço do volume de serviços no Brasil (9,7%) foi acompanhado por 25 das 27 unidades da federação. A principal contribuição positiva ficou com São Paulo (12,5%), seguido por Minas Gerais (13,0%), Rio de Janeiro (4,0%), Rio Grande do Sul (7,9%) e Santa Catarina (9,8%). Em sentido oposto, Distrito Federal (-2,7%) e Mato Grosso do Sul (-0,1%), assinalaram os únicos resultados negativos do mês.

Já no acumulado de janeiro a setembro de 2022, frente a igual período de 2021, o avanço do volume de serviços no Brasil (8,6%) se deu de forma disseminada, já que 26 das 27 unidades da federação também mostraram expansão na receita real de serviços. O principal impacto positivo veio de São Paulo (10,5%), seguido por Minas Gerais (11,1%), Rio Grande do Sul (12,2%), Rio de Janeiro (2,8%), Pernambuco (12,7%), Paraná (4,6%) e Bahia (8,2%). A única influência negativa sobre o índice nacional veio do Distrito Federal (-1,7%).

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