Horário de verão termina à meia-noite deste sábado

Segundo balanço do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), com essa providência, em 2013, o Brasil economizou R$ 405 milhões, ou 2.565 megawatts (MW)

Postado em: 17-02-2018 às 12h15
Por: Márcio Souza
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Segundo balanço do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), com essa providência, em 2013, o Brasil economizou R$ 405 milhões, ou 2.565 megawatts (MW)

À meia-noite
deste sábado (17), os moradores das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste devem
atrasar seus relógios. É o fim do horário de verão, que entrou em vigor no dia
15 de outubro do ano passado, com o objetivo de reduzir o consumo de energia
elétrica entre as 18h e as 21h nas três regiões. Segundo o Ministério de Minas
e Energia, o volume energético  – e o
respectivo valor monetário – poupado com a determinação deverá ser divulgado na
próxima terça-feira (20).

Além do Distrito
Federal, 10 unidades federativas precisarão adaptar seus ponteiros: Goiás; Mato
Grosso; Mato Grosso do Sul; Minas Gerais; Paraná; Rio de Janeiro; Rio Grande do
Sul; Santa Catarina; São Paulo e Espírito Santo. A população do Norte e do Nordeste
não é afetada porque os estados da região não são incluídos no horário de
verão.

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Segundo balanço
do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), com essa providência, em 2013,
o Brasil economizou R$ 405 milhões, ou 2.565 megawatts (MW). No ano seguinte, a
economia baixou para R$ 278 milhões (2.035 MW) e, em 2015 caiu ainda mais, para
R$ 162 milhões. Em 2016, o valor sofreu nova queda, para R$147,5 milhões.

Essa menor
influência do horário de verão pode ser explicada pelo fato de que parcelas
significativas das zonas sujeitas à medida têm intensificado o uso de
equipamentos como ar-condicionado, como forma de aplacar o calor, elevando a
demanda de energia elétrica. Ainda que já dispensem as lâmpadas incandescentes,
substituindo-as por modelos mais econômicos.

No fim do ano
passado, o governo federal sinalizou para a possibilidade de abolir o horário
de verão, por não haver consenso quanto à relação com a economia de energia
elétrica. Apesar disso, acabou apenas abreviando o período 2018/2019 em duas semanas,
a pedido do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), para facilitar a apuração dos
votos das eleições, pois o então presidente do órgão, ministro Gilmar Mendes,
argumentou que essa alteração facilitaria, entre os estados com fusos horários
diferentes, o alinhamento de ritmo na apuração dos votos das eleições. Com
isso, o horário de verão de 2018 passará a ser adotado no primeiro domingo de
novembro.

“A avaliação dos
atuais impactos na redução do consumo e da demanda de energia elétrica, contida
nos estudos realizados neste ano de 2017 pelo Operador Nacional do Sistema
(ONS) em conjunto com o Ministério de Minas e Energia, mostra que a adoção do
horário de verão traz atualmente resultados próximos da neutralidade para o
sistema elétrico”, avaliou a pasta em nota divulgada em outubro do ano passado.

 Com informações da Agência Brasil. Foto: Reprodução

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