Acusados de matar e ocultar corpo de Ariane Bárbara irão a júri popular, em Goiânia; relembre o caso

O crime aconteceu na noite do dia 24 de agosto de 2021, quando a jovem foi violentamente agredida e esfaqueada dentro de um veículo

Postado em: 30-11-2022 às 08h31
Por: Ícaro Gonçalves
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O crime aconteceu na noite do dia 24 de agosto de 2021, quando a jovem foi violentamente agredida e esfaqueada dentro de um veículo | Foto: Divulgação/PCGO

Os três jovens de Goiânia acusados pelo assassinato de Ariane Bárbara Laureano de Oliveira, de 18 anos, serão levados a júri popular. A decisão é do juiz Jesseir Coelho de Alcântara, da 3ª Vara dos Crimes Dolosos contra a Vida e Tribunal do Júri. A data do júri ainda não foi marcada.

Enzo Carneiro Matos, vulgo “Freya”, Jeferson Rodrigues e Raíssa Borges são réus no inquérito que investigou a morte e a ocultação do cadáver de Ariane. O crime aconteceu na noite do dia 24 de agosto de 2021, quando a jovem foi violentamente agredida e esfaqueada dentro de um veículo. O corpo foi encontrado numa mata no Setor Jaó, em Goiânia.

O juiz Jesseir Coelho acatou parecer do Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO), que entendeu que a materialidade delitiva do crime de homicídio contra Ariane Bárbara dispensa maiores delongas, “tendo em vista que se encontra devidamente comprovada pelo Laudo de Exame Cadavérico, bem como ao de ocultação de cadáver, também, indicada no Laudo de Local de Morte Violenta”, frisou.

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O juiz ainda destacou que há indícios suficientes de que Enzo e Raíssa, acompanhados de uma adolescente, podem ter matado a vítima Ariane, bem como teriam ocultado o cadáver. Também a indícios da participação de Jeferson com prestação de auxílio material e moral.

Para o magistrado, ficou demonstrada nos autos a decisão intermediária de pronúncia com relação aos crimes de homicídio, ocultação de cadáver e corrupção de menor.

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Ariane tinha 18 anos quando foi morta | Foto: Reprodução

O crime

Segundo o inquérito policial, Jeferson, Raíssa, Enzo, além de uma menor, conheceram Ariane por frequentarem uma pista de skate pública, localizada próximo a um supermercado de Goiânia. Raíssa teria então, decidido fazer um” teste prático” com ela mesma para verificar se possuía transtorno de personalidade comportamental e antissocial, conhecido como “psicopatia”. No “teste”, Raíssa queria provar se era capaz de tirar friamente a vida de um ser humano e não sentir remorsos.

Diante disso, Jeferson, Enzo e a adolescente teriam auxiliado Raíssa a executar o plano dela. Conforme é narrado no inquérito, Raíssa inicialmente tentou estrangular Ariane Bárbara, mas a força empregada foi insuficiente. Ainda com o veículo em movimento, Enzo trocou de assento com Raíssa e passou a enforcar a vítima pelas costas, golpe conhecido por “mata-leão”, fazendo com que Ariane desmaiasse.

Raíssa então voltou para o banco de trás, quando ela e a menor pegaram facas, as quais estavam guardadas num compartimento atrás do banco do motorista, e com elas efetuaram diversos golpes em Ariane, causando-lhe lesões corporais que causaram a morte dela.

Após matarem a vítima, é narrado que Jeferson parou o veículo para que Raíssa e a menor colocassem o corpo dela no porta-malas, o qual havia sido antecipadamente forrado por ele com saco plástico. A partir daí, Enzo indicou um matagal que era de seu conhecimento, situado no Setor Jaó, como sendo um lugar propício para desovarem o cadáver da jovem.

Ao chegarem no destino, os denunciados teriam carregado o corpo de Ariane na mata e lá o cobriram de terra e pedras. Depois de esconderem o cadáver, eles foram até um banheiro público localizado na galeria Pátio do Lago, para se limparem, e, em seguida, pararam para lanchar. Atualmente os réus permanecem presos.

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