MPGO: ação contra suspeitos de crimes à administração pública cumpre mais de 20 mandados de prisão

O Ministério Público de Goiás (MPGO) deflagrou a segunda fase da Operação “Limpeza Geral”, nesta manhã de quarta-feira (7). A ação visa

Postado em: 07-12-2022 às 09h46
Por: Francisco Costa
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Alvos são suspeitos de receber, entre 2015 e 2022, mais de R$ 300 milhões em empenhos pagos por cidades do Estado (Foto: MPGO

O Ministério Público de Goiás (MPGO) deflagrou a segunda fase da Operação “Limpeza Geral”, nesta manhã de quarta-feira (7). A ação visa investigar uma organização criminosa envolvida em fraudes a licitações, desvios de recursos públicos, lavagem de dinheiro, dentre outros crimes. Ao todo, são 26 investigados e 21 empresas alvo.

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e a Coordenadoria de Segurança Institucional e Inteligência (CSI) cumpriram 22 mandados de prisão preventiva e 50 mandados de busca e apreensão em endereços relacionados ao grupo em dezenas de municípios de Goiás. Os alvos são suspeitos de receber, entre 2015 e 2022, mais de R$ 300 milhões em empenhos pagos por cidades do Estado.

A juíza titular da 1ª Vara dos Feitos Relativos à Organização Criminosa e de Lavagem ou Ocultação de Bens, Direitos e Valores, Placidina Pires determinou, ainda, o sequestro e bloqueio de bens no valor de R$ 172.103.335,03. Estes atingem os 26 investigados e as 21 empresas.

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Participaram do cumprimento dos mandados deferidos pela magistrada: a Polícia Civil, a Polícia Militar, a Polícia Penal e o Corpo de Bombeiros Militar de Goiás. Estes ocorreram em Goiânia, Aparecida de Goiânia, Anápolis, Nerópolis, Leopoldo de Bulhões, Campo Limpo de Goiás, Silvânia, Pirenópolis, Luziânia, Iporá, Rubiataba, Araguapaz, Uruaçu, Campos Verdes, Crixás e Palmas (TO).

Segundo o MPGO, o grupo utilizava empresas com nomes de “laranjas” para simular concorrências em licitações. Há indícios de fraude em, pelo menos, 34 municípios do Estado. O órgão também verificou a possibilidade de que membros da organização – até mesmo ligados a agentes públicos – forjavam a contratação direta (sem licitação) das empresas para viabilizar desvios. Com isso, serviços ou bens contratados não eram realizados.

Ainda conforme o Ministério Público, as empresas não possuíam estrutura. Mesmo assim, tinham diversas atividades em seus contratos sociais para contratar com a administração pública. Entre os serviços, locação de equipamentos e estruturas para shows e eventos, mão de obra (pedreiro, pintor, etc.), materiais higiênicos e hospitalares para o combate a Covid e mais.

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