Goiás é maior estado do Centro Oeste em crescimento de franquias

Com crescimento no Norte, Centro-Oeste e interior, franquias projetam atingir R$ 200 bilhões em 2022

Postado em: 12-12-2022 às 08h00
Por: Vinicius Marques
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Com crescimento no Norte, Centro-Oeste e interior, franquias projetam atingir R$ 200 bilhões em 2022. | Foto: Reprodução

O franchising brasileiro acelerou sua trajetória de recuperação no segundo trimestre deste ano frente a igual período de 2012. Com um faturamento 16,8% maior, o setor manteve sua resiliência frente um cenário com inflação mais elevada e incertezas macroeconômicas, ao mesmo tempo em que superou em 11,4% o faturamento nominal do 2º tri de 2019.

Já no Centro-Oeste o cenário é semelhante ao restante do País. O mercado de franquias na Região faturou mais de R$ 4,6 bilhões no segundo trimestre de 2022, um aumento de 14,4% em relação ao mesmo período do ano anterior. Além disso, o número de unidades de franquia nos três estados e no Distrito Federal (DF) cresceu 8,2%, chegando a 15.900 mil operações.

Para a diretora da Regional Centro-Oeste da ABF, Claudia Vobeto, o mercado de franquias da Região é de grande representatividade. “O Centro-Oeste tem inúmeras oportunidades para o empreendedorismo e em especial para o mercado de franquias. A economia local tem atraído muitas redes para abrirem operações franqueadas. Temos muito campo para crescer com diversas oportunidades de negócios”, declara a executiva.

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Os segmentos de Saúde, Beleza e Bem-Estar, Alimentação, Moda e Serviços e Outros Negócios respondem pela maior parte do faturamento e unidades de franquias da Região, o que demonstra a diversidade e a versatilidade do franchising do Centro-Oeste.

Brasil

Capitais ligadas ao turismo e agronegócio, bem como as cidades do interior foram as que mais cresceram proporcionalmente em número de unidades de franquia no primeiro semestre, de acordo com a Associação Brasileira de Franchising (ABF). Manaus (AM) lidera o ranking pela primeira vez, com uma variação de 35,1%, passando de 1.206 franquias instaladas para 1.629. O ranking, que contempla 30 cidades, foi apresentado durante a 20ª Convenção do Franchising, em Comandatuba, na Bahia.

Doze cidades de regiões metropolitanas e do interior figuram no ranking (nove ficam no estado de São Paulo), com um crescimento médio de operações de 21,1%, cerca de 4% acima das capitais listadas. A mais bem colocada é São José do Rio Preto (SP), conhecida por ser um celeiro de grandes marcas nacionais.

Os dois maiores polos de franquias no Brasil, São Paulo (14º) e Rio de Janeiro (22º) estão fora do top 10, mas pela maior incidência de unidades, abriram mais operações em números absolutos. “O crescimento das capitais pode ser mais baixo, proporcionalmente, mas é muito robusto, segue gerando empregos e causando impacto na economia local”, comenta Tom Moreira Leite, vice-presidente da ABF.

De acordo com a entidade, alguns movimentos favorecem esses números: crescimento do agronegócio, especialmente em cidades do Centro-Oeste, como Cuiabá (segunda colocada) a retomada do consumo, a descentralização da economia, que levou trabalhadores em home office para cidades do interior e de região litorânea, e os novos formatos de negócio – operações em home based representam mais de 36% das unidades franqueadas em operação no Brasil atualmente.

“Apesar de haver um crescimento das marcas locais, esse movimento é maior pelas marcas nacionais que buscam novos territórios para crescer. As franqueadoras têm desenvolvido novos formatos para cidades menores e ocupando mercados que até então não estavam presentes”, explica o presidente da entidade, André Friedheim.

No caso específico de Manaus, o presidente do conselho da ABF, Ricardo Bomeny, explica que a povoação de shopping centers na cidade ampliou o potencial de consumo local – que já era grande. “Essa indústria de shopping também ajudou nesse crescimento, levando marcas para lá, bem como a reforma do aeroporto e o crescimento do turismo ecológico.”

No primeiro semestre do ano, o setor de franquias faturou R$ 91,4 bilhões, 12,9% acima do mesmo período do ano anterior. Os segmentos de destaque foram Saúde, Beleza e Bem-Estar (16,9%), Alimentação Food Service (16%) e Hotelaria e Turismo (15,9%). A projeção é fechar o ano com um faturamento de R$ 207,2 bilhões, 16,9% acima de 2021, e rompendo a barreira de R$ 200 bilhões pela primeira vez.

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