Rapaz é morto com a própria arma após tirar satisfação com vendedor

A vítima teria comprado um celular bloqueado com o autor do crime. Ao delegado, ele confessou que atirou, mas alega que agiu em legítima defesa.

Postado em: 01-03-2018 às 18h00
Por: Katrine Fernandes
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A vítima teria comprado um celular bloqueado com o autor do crime. Ao delegado, ele confessou que atirou, mas alega que agiu em legítima defesa.

Um jovem foi preso suspeito de matar a tiros Marcus Vinícius Lima em Anápolis, a 55 km de Goiânia. Segundo a Polícia Civil, o crime ocorreu após a vítima comprar um celular, bloqueado, de Bruno Melo Pacinni. Marcus entrou na casa do autor armado, mas Bruno pegou a arma e atirou contra o cliente. Em depoimento, o autor confessou o crime.

“A vítima entrou na casa do Bruno com arma. Possivelmente, ele ia atentar contra a vida do Bruno, mas o autor tomou a arma, disparou contra ele dentro da casa, o perseguiu e atirou nas costas e na cabeça”, disse o delegado responsável pelo caso, Cleiton Lobo.

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O crime ocorreu na noite de 31 de outubro de 2015, no Bairro de Lourdes, em Anápolis. Desde então, Bruno estava foragido. Ele foi preso na última terça-feira (27), na rua da casa em que morava.

“Ocorreu um homicídio na rua do autor. A vítima deste homicídio era amigo dele. Ele foi lá, começou a conversar com os policiais, e os policiais o reconheceram e já deram voz de prisão porque tinha um mandado em aberto contra ele”, detalhou o delegado.

Celular bloqueado

Lobo explicou que Bruno vendeu um celular roubado. O delegado acredita que a a vítima do roubo bloqueou o aparelho. Por isso, segundo a investigação, Marcus não conseguiu usá-lo e foi tirar satisfação. O telefone custou entre R$ 200 e R$ 400.

“A vitima também era criminosa, já tinha passagens por crimes, por tráfico de drogas. Não ia deixar de graça. Tudo indica que ia atentar contra a vida do autor”, avalia Lobo.

Autor alega legítima defesa

O autor alega que agiu em legítima defesa e que não tinha a intenção de atirar na cabeça de Marcus. Porém, o delegado explica que, a partir do momento em que perseguiu a vítima, não se tratava mais de reação.

“Se o crime ocorresse dentro da casa do autor, ele não seria indiciado, mas saiu da legitima e entrou no âmbito do homicídio, ele perseguiu a vítima, atirou na cabeça, nas costa, a vitima não oferecia mais resistência”, ressalta o delegado.

Bruno está detido na Unidade Prisional de Anápolis e deve ser indiciado por homicídio qualificado por impossibilitar a defesa da vitima. Caso seja condenado, pode pegar de 12 a 30 anos de prisão. 

Fonte: G1 Goiás

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