Alugar casas como fonte de renda teve aumento de 50% em 3 anos em Goiânia

Taxa de retorno saltaram de 0,5% para 0,7% em média

Postado em: 15-12-2022 às 08h00
Por: Sabrina Vilela
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Taxa de retorno saltaram de 0,5% para 0,7% em média. | Foto: Reprodução

A pesquisa FipeZap aponta Goiânia como uma das capitais com o preço médio do aluguel mais baixo do Brasil. Apesar da pandemia, que impactou economicamente vários setores, o ramo imobiliário teve aumento significativo.

Para quem comprou imóveis para investir está colhendo os frutos agora. Dados da gestora de locação de Goiás, URBS, a taxa de retorno de aluguéis residenciais saltaram, nos últimos três anos, de 0,5% para 0,7%, em média, quase 50%. A rentabilidade pode chegar a 1% se a unidade estiver decorada, nos últimos três anos. 

Também houve um aumento real no preço médio do metro quadrado para a locação. A pesquisa ressalta ainda que o preço médio de 25 cidades brasileiras, o valor aumentou para R$ 24,26 de janeiro a junho deste ano, em Goiânia. O crescimento foi de 23,60%, o segundo maior do período.

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Os bairros Marista e o Jardim Goiás, possuem o metro quadrado da locação superior a R$ 40. A alta foi superior à inflação de 4,39% medida no período pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA/IBGE).

Diretor de operações da URBS e especialista em mercado imobiliário, Marcell Castro explica sobre a equalização de preço dos imóveis. “Em Goiânia, tivemos um aumento grande do aluguel, o que na verdade foi uma equalização do preço. De forma geral, o valor era muito baixo mesmo, se comparado com cidades próximas ou parecidas”. A pesquisa Fipezap aponta que a capital está no ranking dos preços de locação, é a 20ª entre as 25 pesquisadas. 

Investimento 

Ainda de acordo com Castro , Goiânia está em um cenário de crescimento populacional acima da média nacional, além da demanda vegetativa por novas moradias.  “Além da rentabilidade, o imóvel é um tipo de segmento que não é atingido pela volatilidade como acontece no mercado financeiro. Com o sobe e desce da economia, papéis de empresas vendidos na bolsa, títulos de renda fixa e até os títulos públicos sofrem alterações nos seus valores e rentabilidades, algo que incomoda quem é mais conservador e deseja aplicar seu dinheiro sem tanto risco”, conclui Castro.

Para ele, tanto os imóveis residenciais quanto os comerciais são aliados para o investidor conservador. “Nas salas comerciais em prédios, chegamos a ter uma vacância muito grande, há pouco tempo. Mas hoje o valor subiu, o que nos indica um aquecimento desse investimento”. Segundo o estudo da empresa, o valor do metro quadrado da locação dobrou de R$ 30 para R$ 60  no mesmo período.

O diretor destaca ainda que a pandemia impactou fortemente na economia goiana, mas isso não inibiu o investimento em imóveis na Capital. “Goiânia é uma cidade muito centralizada que tem uma importância e logística importante para o país. E o aluguel de Goiânia era muito defasado dentro das outras cidades parecidas com Goiânia, então é comum que houvesse essa equalização de valor de aluguel”.

Durante os dois primeiros anos da pandemia muitas áreas dos comércios tiveram que se reinventar. Mas a locação não sofreu tanto, de acordo com Marcell. Um dos fatores que contribui para o ramo crescer tanto é o aumento da cidade de Goiânia e isso aumenta muito o valor do imóvel. 

“A forma mais fácil de investir hoje é em imóvel porque temos empresas que podem dar um  suporte nesse sentido. Também depende do perfil do investidor, o perfil do investidor de aluguel é um pouco mais conservador, por ser um empreendimento de pouco risco. Se comprado na região correta, é muito impossível que não erre e erre muito pouco”. Para começar a investir pode iniciar com  um apartamento de 30 metros, em uma boa localização já seria o ideal para um retorno, segundo Castro.

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