Equipe de Robótica da UFG discute Popularização da ciência na Capital

Grupo Pequi Mecânico propôs apoio em ações e projetos que despertem o interesse da população na área da tecnologia

Postado em: 09-03-2018 às 17h20
Por: Katrine Fernandes
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Grupo Pequi Mecânico propôs apoio em ações e projetos que despertem o interesse da população na área da tecnologia

Membros do Núcleo de Robótica Pequi Mecânico, da Universidade Federal de Goiás (UFG), foram recebidos na manhã desta sexta-feira, 9, no gabinete da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Trabalho, Ciência e Tecnologia (Sedetec). O titular da pasta, Ricardo De Val Borges, e o professor e chefe de gabinete, Celso Camilo Júnior, trataram com a equipe a possibilidade de parcerias em ações que estimulem a popularização da ciência de forma ampla na cidade. “Queremos que todos os moradores de Goiânia tenham a oportunidade de contato com o tema e serem estimulados a buscar conhecimento na área da tecnologia”, explica o secretário da pasta.

A ideia é usar a expertise e a experiência do grupo, criado em meados de 2011, para incentivar pessoas de todas as faixas etárias. “A curiosidade é uma característica intrínseca do ser humano. Vamos aproveitar essa qualidade e inserir de forma didática conhecimentos básicos sobre ciência, tentando despertar questionamento de como tudo funciona. Fazer com que ele se pergunte sobre as etapas de criação que culminaram na produção de objetos que são utilizados no seu dia a dia. Não apenas consumir simplesmente, mas se interessar em todo o processo que correu para que aquele utensílio chegasse até sua mão”, destaca Ricardo De Val.

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Para a execução desse projeto, segundo o secretário, é fundamental que parceiros estejam trabalhando lado a lado com a Prefeitura de Goiânia. E essa proposta de agregar conhecimentos e dispor de equipe técnica para promover ações ligadas à temática foi trazida pelo Pequi Mecânico. Um grupo – atualmente coordenado pelos professores Anderson Soares, Telma Soares, Celso Camilo e Marco Assfalk, todos da UFG – que começou com quatro amigos que cursavam engenharia elétrica no intuito de participar de competições na área e, hoje, possui mais de 40 integrantes e vários títulos conquistados durante esses anos.

De acordo com um dos membros do núcleo, Lucas Assis, a equipe conserva boas colocações nessas disputas, sempre se destacando na ponta e superando grandes instituições brasileiras. “O interessante nessas competições não é somente o estímulo à competitividade entre as universidades, mas também a transmissão de conhecimento entre os grupos participantes”, ressalta Lucas, complementando que o grupo é uma iniciativa de alunos, direcionada para alunos e gerenciada pelos próprios alunos. “Essa dinâmica de funcionamento traz benefícios importantíssimos, visto que desperta as características de liderança e proatividade, bem como combate a evasão nos cursos”.

Sobre trabalhos já executados, Lucas Assis conta que há um projeto de extensão, que é feito paralelamente com as equipes de competição, o qual atua no ensino básico. Foi executado durante dois anos e consistia em realizar uma intervenção em escolas públicas nas aulas de ciências e matemática, por meio da Robótica, para tentar motivar os alunos ao estudo. “Pudemos capacitar professores e ministrar conteúdo a crianças na faixa etária dos 10 anos de idade e identificamos que o índice de rejeição pelo tema reduzia drasticamente só com esse primeiro contato e assimilação dos ensinamentos”.

Mesmo que o aluno não tenha um conhecimento anterior sobre o assunto ou que haja deficiência em alguma disciplina, o integrante do Pequi Mecânico garante que as instruções básicas sobre a Robótica são captadas. “O fato mostra que essa é uma área do conhecimento de livre acesso e sem dificuldades compreensão. Todos têm capacidade para aprender”.

Premiações

De acordo com os dados da Ascom UFG, em novembro de 2017, quatro equipes do Núcleo de Robótica Pequi Mecânico, único a representar o estado de Goiás, ficaram entre as melhores, com o 1º lugar e 2º lugar em duas categorias na Competição Latino Americana de Robótica. Na prova, há diversas categorias e as equipes se preparam o ano inteiro desenvolvendo seus robôs. Com o total de sete troféus conquistados ao longo dos anos, esse foi o melhor resultado do grupo.

O grupo que conquistou o primeiro lugar, na prova SEK, precisou montar um robô que simularia um ônibus autônomo, usando apenas peças de kits educacionais da Lego. O troféu de segundo lugar foi em uma das categorias mais difíceis, que propôs o desafio da utilização de qualquer equipamento para a montagem do robô, o qual deveria realizar uma tarefa que reproduz desafios reais. Nessa competição, a prova simulava a ordenha de vacas. Outras duas equipes do futebol de robôs ficaram em 4º lugar, incluindo em uma das categorias mais concorrida, a Very Small Size, da qual 23 times participaram no ano passado.

Luciana do Prado, da editoria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho, Ciência e Tecnologia

 Fonte:Portal Goiânia/Foto:Divulgação

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