Equatorial conclui processo e assume gestão de energia na terça

A venda da Enel foi uma alternativa para a empresa não perder a concessão no Estado

Postado em: 31-12-2022 às 09h30
Por: Vinicius Marques
Imagem Ilustrando a Notícia: Equatorial conclui processo e assume gestão de energia na terça
A venda da Enel foi uma alternativa para a empresa não perder a concessão no Estado. | Foto: Reprodução

Na próxima terça-feira (3) na faixa das 15h, haverá a transição oficial da companhia de energia vigente no estado de Goiás. A Enel dará lugar ao Grupo Equatorial Energia, que assumirá o posto a partir de 2023. O acordo para a troca de empresas aconteceu neste ano, com anúncio feito pelo governador reeleito Ronaldo Caiado.

Goiás será o sétimo estado em que a Equatorial atuará. A distribuição de energia já é feita pela holding no Maranhão, Pará, Piauí, Alagoas, Rio Grande do Sul e Amapá. De acordo com a Enel, a empresa está na sétima colocação em um ranking nacional das melhores do país em cinco praças. Por outro lado, a Enel é considerada uma das piores do Brasil.

Na próxima terça-feira, 3, na faixa das 15h, haverá a transição oficial da companhia de energia vigente no estado de Goiás. A Enel dará lugar ao Grupo Equatorial Energia, que assumirá o posto a partir de 2023. O acordo para a troca de empresas aconteceu neste ano, com anúncio feito pelo governador reeleito Ronaldo Caiado (União Brasil).

Continua após a publicidade

A transição entre Enel e Equatorial

Em setembro deste ano, a Equatorial fechou a compra da Celg Distribuição (CELG-D), que havia sido rebatizada de Enel Distribuição Goiás. O valor da transação chegou à marca de R$ 1,57 bilhão. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou a transferência.

Alternativa ao fim da concessão

Há cerca de dois anos, o governador Ronaldo Caiado havia proposto a transferência da Enel para outra empresa a fim de solucionar uma das maiores queixas dos usuários em Goiás: as quedas de energia. A operação da empresa havia começado justamente como uma promessa para solucionar esse problema.

O plano de transferência entre as empresas aconteceu “como alternativa à extinção da concessão”. os desembargadores consideram que a transferência entre as empresas seria menos prejudicial do que abrir um processo para encerrar o contrato da Enel.

Porém, foi concedido que, por três anos, a Equatorial não tenha o contrato extinto caso não cumpra os índices de eficácia devido à necessidade de tempo de adaptação da nova empresa. Além de comprar o serviço de distribuição, a nova concessionária se comprometeu em pagar débitos no valor de R$ 5,7 bilhões.

Augusto Miranda, presidente da Equatorial, destacou que a empresa tem experiência no setor. “O desafio é grandioso e a Equatorial Energia está preparada para assumir o compromisso da melhoria da prestação de serviço para a sociedade tendo como foco um robusto programa de investimentos, a melhoria da qualidade dos serviços prestados aos consumidores, atendimento a demanda reprimida e busca de ganhos e eficiências”, disse.

Transição

A Equatorial já havia informado que as flexibilizações são necessárias para garantir um período de transição, para que se tenha prazo para que os investimentos sejam convertidos em resultados, além de aprofundar o diagnóstico da situação operacional de distribuição de energia elétrica, em Goiás.

A Enel possui cerca de 3,3 milhões de unidades consumidoras em 237 municípios e está no mercado goiano desde 2016, quando a empresa italiana arrematou a Celg-D em lance único de R$ 2,1 bilhões, com ágio de 28%. A Eletrobras e o Governo de Goiás eram os principais acionistas da distribuidora, que era administrada pela estatal federal.

Veja Também