Funcionários dos Correios em Goiás aderem a paralisação

Mudanças no plano de saúde e falta de servidores podem ter sido alguns dos motivos para a greve

Postado em: 12-03-2018 às 14h30
Por: Katrine Fernandes
Imagem Ilustrando a Notícia: Funcionários dos Correios em Goiás aderem a paralisação
Mudanças no plano de saúde e falta de servidores podem ter sido alguns dos motivos para a greve

Nesta segunda-feira (12), colaboradores dos Correios iniciaram uma greve por tempo indeterminado no Estado. A paralisação foi decidida em assembléia da categoria na última sexta-feira (9) e faz parte de uma mobilização nacional. Um grupo de servidores fez um ato nesta manhã em frente à sede dos Correios em Goiânia, no Setor Central. 

Em nota, os Correios disseram que 92,86% do efetivo está trabalhando normalmente em Goiás e que todos os serviços ofertados à população estão mantidos. As agências e centros de distribuição estão abertos e em pleno funcionamento. 

Continua após a publicidade

De acordo com o secretário-geral do sindicato da categoria (Sintect-GO), Elizeu Pereira da Silva, existem três revindicações principais: veto à mensalidade e ao aumento de até 50% na participação dos servidores no valor do plano de saúde; contratação imediata de mais servidores; e evitar demissões.

“Caso haja necessidade, a empresa colocará em prática o seu plano de continuidade de negócios que prevê, dentre outras ações, o deslocamento de empregados entre as unidades e a realização de horas extras”, disse os Correios (veja texto completo abaixo).

O secretário-geral do sindicato diz que os Correios possuem cerca de 3,1 mil funcionários em Goiás. “Vamos esperar para ver como vai ser a adesão dos colegas ao longo do dia. Só aí poderemos ter um balanço de como a paralisação vai afetar os serviços”, afirma.

Ele explicou que uma nova assembléia será realizada no final da tarde para decidir os rumos da paralisação.

Nota dos Correios

“Em relação à paralisação parcial dos trabalhadores dos Correios iniciada hoje, 12, a estatal informa que 92,86% do seu efetivo está trabalhando normalmente em Goiás e que todos os serviços ofertados à população estão mantidos. As agências e centros de distribuição estão abertos e em pleno funcionamento. Caso haja necessidade, a empresa colocará em prática o seu plano de continuidade de negócios que prevê, dentre outras ações, o deslocamento de empregados entre as unidades e a realização de horas extras.
Os Correios esclarecem à sociedade que o plano de saúde, principal pauta da paralisação, foi discutido exaustivamente com as representações dos trabalhadores, tanto no âmbito administrativo quanto em mediação pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST) e que, após diversas tentativas sem sucesso, a forma de custeio do plano de saúde dos Correios segue, agora, para julgamento pelo TST, que está marcado para hoje, 12, às 13h30.
A empresa aguarda uma decisão conclusiva por parte do TST, mas ressalta que já não consegue sustentar as condições do plano de saúde, concedidas no auge do monopólio, quando os Correios tinham capacidade financeira para arcar com esses custos.” 

Veja Também