Marido e sogro encomendaram morte de seis pessoas da família no DF, diz polícia
Três pessoas já foram presas por suspeita de envolvimento com sumiço da família
Por: Mariana Fernandes
Três suspeitos de participarem do desaparecimento e morte de seis pessoas de uma mesma família de Brasília foram presos nesta terça-feira (17), pela Polícia Civil do Distrito Federal. Em depoimento, um dos presos confessou que o crime foi encomendado por Marcos Antônio Lopes de Oliveira (sogro da cabeleireira falecida Elizamar Silva) e o filho dele, Thiago Gabriel Belchior de Oliveira (marido dela).
Proprietária de um salão de beleza, Elizamar da Silva, de 39 anos, desapareceu na noite do último dia 12 junto com os filhos Gabriel, de sete anos, e o gêmeos Rafael e Rafaela, de seis anos, após atenderem a um convite para irem até o condomínio onde reside a sogra dela, no Itapuã, em Brasília. No mesmo dia do crime, também sumiram o marido dela e os pais dele, Marcos Antônio, de 54 anos, e Renata Juliene Belchior, de 52 anos.
Três dias após o incidente, um carro do mesmo modelo e marca que Elizamar usava foi encontrado incendiado, com quatro corpos carbonizados dentro, às margens da GO 436, em Cristalina, Goiás. De acordo com a Polícia Civil, na mesma noite, outro veículo, igual ao de Marcos Antônio Lopes, foi localizado, também carbonizado, e com dois corpos incendiados dentro, na BR, em Unaí, Minas Gerais.
Recompensa pelo crime
Segundo o delegado Ricardo Viana, da 6ª Delegacia de Polícia do Paranoá, um dos homens presos por envolvimento no crime, Horácio Carlos Ferreira Barbosa, de 49 anos, contou que ele e Gideon Batista de Menezes, de 55 anos, receberam R$ 100 mil para matar a cabeleireira, os três filhos (Gabriel e os gêmeos Rafael e Rafaela), a sogra e a cunhada da mulher.
Thiago Gabriel Belchior de Oliveira, de 30 anos, e Marcos Antônio Lopes de Oliveira, de 54 anos, apontados como mandantes do crime, ainda não foram localizados. Ainda de acordo com depoimento do suspeito, pai e filho tramaram o crime para ficar com os R$ 400 mil que Juliene Belchior havia recebido após a venda de uma casa em Santa Maria, no Distrito Federal, e para retirar R$ 100 mil da conta de Elizamar.
Durante o sequestro das mulheres, porém, ainda segundo Horácio, os mandantes não conseguiram sacar nem transferir os R$ 400 mil, e repassaram apenas R$ 15 mil aos três executores, valor que foi apreendido com os presos pela polícia.
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