Dono de laboratório admite que ensinou faxineira a coletar sangue

Segundo ele, ela auxiliava nas atividades apenas para aprender e afirma que a deixou fazer a coleta nos pacientes por se tratar de um 'sonho' da mulher. O Laboratório continua interditado

Postado em: 27-03-2018 às 13h30
Por: Katrine Fernandes
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Segundo ele, ela auxiliava nas atividades apenas para aprender e afirma que a deixou fazer a coleta nos pacientes por se tratar de um 'sonho' da mulher. O Laboratório continua interditado

Selim Jorge o farmacêutico e bioquímico que é acusado de
fraudar resultados de exames de pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) em
seu próprio laboratório localizado no Setor Aeroporto,em Goiânia. Admitiu que “ensinou” a mulher que trabalhava como
faxineira no local, a coletar o sangue dos pacientes.

O farmacêutico e bioquímico teve o seu laboratório interditado na última quinta-feira (22), após a polícia constatar
várias irregularidades no local. Muitas amostras de sangue eram armazenadas de forma errada em uma geladeira junto com fezes, urina, além de comida que também estava no refrigerador. Ele afirmou ainda que treinou a faxineira apenas
por se tratar de um sonho da própria.

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“Essa senhora disse-me que era um sonho dela, que ela
queria fazer técnica em enfermagem, pediu para aprender. Sabe onde o pessoal
quando eu ensino aprende? A primeira agulhada é em mim. As outras agulhas são
entre os colegas. Quer dizer, ela nos auxiliava”, afirmou Selim.

A empregada em questão, que preferiu não se identificar, já
havia confirmado a situação em depoimento. Afirmou ainda que tem apenas o
ensino médio e que fez o procedimento a pedido do patrão.

“Uma vez ele pediu para eu fazer a coleta, ajudar o
Edson. Cheguei a fazer a coleta umas três vezes, mas quando a vigilância
sanitária esteve lá no mês passado, falei para ele que não ia mais fazer e pedi
demissão. Estou de aviso”, argumentou.

O dono do laboratório também é suspeito de realizar os exames
de pacientes apenas pela visão e sem auxílio de máquinas. No dia da prisão além
de Selim Jorge, também foi preso em flagrante o biomédico Edson Yukazu Ozawa,
mas acabaram soltos após passarem por audiência de custódia. O estabelecimento
continua interditado.

Com informações do Portal G1 Goiás

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