Siamesas separadas: Heloá e Valentina tem primeiro contato após separação em hospital de Goiânia
Gêmeas que permanecem na UTI, foram operadas no dia 11 de janeiro e apresentaram melhora neste domingo (5)
Por: Mariana Fernandes
O cirurgião pediatra Zacharias Calil compartilhou um vídeo em suas redes sociais um vídeo em que mostra as gêmeas siamesas separadas, Heloá e Valentina, tendo o primeiro contato após a cirurgia de separação, em um hospital de Goiânia no último sábado (4). As gêmeas foram operadas no dia 11 de janeiro.
“Todo mundo aqui comovido e emocionado. Realmente dia de muita felicidade para a família e a todos os profissionais envolvidos”, escreveu Zacharias Calil. As gêmeas estavam unidas pelo por parte do tórax, abdômen, bacia, fígado, intestino delgado e grosso, além das genitálias.
Conforme o Hospital Estadual da Criança e do Adolescente (Hecad), as gêmeas permanecem internadas na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Segundo o boletim médico deste sábado, Heloá está estável, sem febre, com melhoras e boa aceitação de alimentos. Ela também passeou fora da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em que está internada pela primeira vez na última quinta-feira (2). Porém Valentina segue em estado grave, sedada e respirando com ajuda de aparelhos.
O médico cirurgião responsável pela separação, Zacharias Calil, disse neste domingo (5), que Valentina continua respondendo bem aos estímulos externos e que pode apresentar melhora. “Domingo muito especial na UTI do HECAD. Valentina progredindo com a sua recuperação bem mais acordada , mais consciente e respondendo bem aos estímulos externos e agora recebendo mais uma vez o contato físico com a Heloá , que é de suma importância”.
A cirurgia levou cerca de 10 horas e contou com uma equipe de quase 50 profissionais. Valentina e Heloá são naturais de Guararema, cidade do interior de São Paula, e realizam o tratamento em Goiânia há cerca de dois anos.
No momento da separação, mesmo preocupada, a mãe das siamesas, Valdirene Prado, contou que estava esperançosa sobre a cirurgia e que as filhas seriam fortes. “Agora, estou mais aliviada com o sucesso da cirurgia. Minhas filhas são e estão sendo fortes nessa fase de recuperação hospitalar. A minha expectativa é muito boa porque elas estão vencendo cada dificuldade”, ressaltou.
Relembre: Irmãs siamesas unidas pelo abdômen passam por cirurgia de separação, em Goiânia
