Casos suspeitos de rubéola em Goiânia alertam sobre vacinação infantil

Protocolo de rastreio e verificação da cobertura vacinal foi iniciado

Postado em: 09-02-2023 às 07h30
Por: Alexandre Paes
Imagem Ilustrando a Notícia: Casos suspeitos de rubéola em Goiânia alertam sobre vacinação infantil
Protocolo de rastreio e verificação da cobertura vacinal foi iniciado. | Foto: Reprodução

Nesta semana, quatro crianças que estudam na mesma instituição infantil da rede pública foram isoladas após suspeita de rubéola. A informação foi confirmada pela secretaria municipal de saúde de Goiânia (SMS). Após a Secretaria Estadual de Saúde de Goiás (SES-GO) cogitar “um provável surto de doença exantemática entre crianças que frequentam uma instituição de ensino infantil do município de Goiânia”, exames realizados pelo Laboratório Estadual de Saúde Pública (LACEN-GO) descartaram rubéola, sarampo e dengue entre as crianças. 

O que é a rubéola? 

A rubéola é uma doença aguda, de alta contagiosidade, que é transmitida pelo vírus do gênero Rubivirus, da família Togaviridae. A doença também é conhecida como Sarampo Alemão. No campo das doenças infecto-contagiosas, a importância epidemiológica da rubéola está representada pela ocorrência da Síndrome da Rubéola Congênita (SRC) que atinge o feto ou o recém-nascido cujas mães se infectaram durante a gestação. 

A infecção por rubéola na gravidez acarreta inúmeras complicações para a mãe, como aborto e natimorto (feto expulso morto) e para os recém-nascidos, como malformações congênitas (surdez, malformações cardíacas, lesões oculares e outras) 

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Os principais sintomas da rubéola são febre baixa, linfoadenopatia retroauricular, occipital e cervical e exantema máculo-papular. Esses sinais e sintomas da rubéola acontecem independente da idade ou situação vacinal da pessoa. O período de incubação médio do vírus, ou seja, tempo em que os primeiros sinais levam para se manifestar desde a infecção, é de 17 dias, variando de 14 a 21 dias, conforme cada caso.

Transmissão 

A transmissão da rubéola acontece diretamente de pessoa a pessoa, por meio das secreções nasofaríngeas expelidas pelo doente ao tossir, falar ou respirar.

O período de transmissibilidade é de 5 a 7 dias antes e depois do início do exantema, que é uma erupção cutânea. A maior transmissibilidade ocorre dois dias antes e depois do início do exantema.

Vacinação 

Diante dos possíveis surtos de rubéola, a superintendente da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), Flúvia Amorim, informa que “as medidas de controle já são tomadas desde o momento da suspeita”. Ainda de acordo com ela, o protocolo estabelece o rastreio de sintomas na escola e nos lares das crianças, além da análise do quadro vacinal e de amostras de sangue, no Laboratório Estadual de Saúde Pública (LACEN-GO). 

“Podemos começar a identificar e a observar surtos e doenças que são preveníveis por vacina e a principal causa é a baixa cobertura vacinal”, explica a superintendente. Segundo as estimativas de Flúvia, a porcentagem de pessoas vacinadas contra o sarampo, caxumba e rubéola – isto é, com a vacina tetravalente – é de cerca de 81%, mas “é um número muito abaixo do que é preconizado pelo Ministério da Saúde – uma cobertura de 95%”. 

De acordo com a especialista, é importante alcançar esse índice de crianças vacinadas, uma vez que isola-se a cadeia de transmissão do vírus. Ela ainda reforça que esse cenário de baixa cobertura vacinal é uma realidade brasileira e orienta aos pais que mantenham os cartões de vacinação dos filhos atualizados.

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