PM’s e jornalistas devem depor sobre caso de Caso Valério Luiz

Em dezembro do ano passado, o Supremo Tribunal Federal (STF) anulou a decisão de mandar o mandatário do Atlético Goianiense para júri popular por conta da morte de Valério Luiz

Postado em: 04-04-2018 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Em dezembro do ano passado, o Supremo Tribunal Federal (STF) anulou a decisão de mandar o mandatário do Atlético Goianiense para júri popular por conta da morte de Valério Luiz

Das 20 pessoas que foram intimadas para depor no caso do cronista esportivo Valério Luiz, morto em 5 de julho de 2012 quando saia de uma transmissão de rádio, cinco são policiais militares. Também foram intimados para prestar depoimento dois policiais civis e dois jornalistas. Somente o açougueiro Marcus Vinicius Pereira Xavier, conhecido como Marquinhos, não chegou ser intimado. 

De acordo com a defesa de Maurício Sampaio, que é tido como mandante do crime, devem ser intimadas para o julgamento o advogado Marcos Aurélio Egídio da Silva, o jornalista Charllie Oliveira Santos, o empresário Adson José Batista, o professor Antenor José Pinheiros Santos, além do coronel Urzêda. “Isso aí é uma novidade para mim. Devo ser chamado por ser amigo, conhecido do Sampaio, seria chamado para falar da pessoa dele. Não tenho nada para falar sobre o crime”, diz.

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Na época da execução de Valério Luiz, o coronel afirmou que estava à frente do Comando de Missões Especiais (CME/2) onde trabalhavam os acusados do crime, o sargento Djalma Gomes da Silva e o cabo Ademá Figueirêdo Aguiar Filho, que teria atirado seis vezes com uma pistola calibre 357 no radialista em frente à rádio em que trabalhava. Urzêda também é conselheiro do time Atlético Goianiense. 

Para a defesa do cabo Figuerêdo, foram arrolados o tenente Valdivino Dias Marques, o coronel Renato Brum dos Santos, da Corregedoria da Polícia Militar de Goiás (PM-GO) e o jornalista Joel Datena. O jornalista disse que não tem conhecimento se terá, ou não, de comparecer ao Tribunal do Júri para testemunhar em favor do cabo Figuerêdo, que trabalhava como segurança para o jornalista. 

Em dezembro do ano passado, o Supremo Tribunal Federal (STF) anulou a decisão de mandar o mandatário do Atlético Goianiense para júri popular por conta da morte de Valério Luiz. A participação de Maurício Sampaio, de acordo com o ministro da corte Ricardo Lewandowski, não ficou clara. 

Crime

O cronista esportivo Valério Luiz foi assassinado em 5 de julho de 2012, quando saia da rádio em que trabalhava, no Setor Serrinha, em Goiânia. Crítico da gestão do cartorário Maurício Sampaio estava à frente do Atlético Goianiense, ele foi alvejado por seis tiros por pessoas que estavam em uma moto. Seu pai, o jornalista esportivo Mané de Oliveira, afirmou à época que Valério Luiz havia sido morto por conta de suas opiniões. (Marcus Vinícius Beck é estagiário do jornal O Hoje, sob orientação do editor de Cidades Rhudy Crysthian) 

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