PM’s e jornalistas devem depor sobre caso de Caso Valério Luiz
Em dezembro do ano passado, o Supremo Tribunal Federal (STF) anulou a decisão de mandar o mandatário do Atlético Goianiense para júri popular por conta da morte de Valério Luiz
Por: Sheyla Sousa
![Imagem Ilustrando a Notícia: PM’s e jornalistas devem depor sobre caso de Caso Valério Luiz](https://ohoje.com/public/imagens/fotos/amp/fce0f1afef6dce4b122a1f9f6a007b94.jpg)
Das 20 pessoas que foram intimadas para depor no caso do cronista esportivo Valério Luiz, morto em 5 de julho de 2012 quando saia de uma transmissão de rádio, cinco são policiais militares. Também foram intimados para prestar depoimento dois policiais civis e dois jornalistas. Somente o açougueiro Marcus Vinicius Pereira Xavier, conhecido como Marquinhos, não chegou ser intimado.
De acordo com a defesa de Maurício Sampaio, que é tido como mandante do crime, devem ser intimadas para o julgamento o advogado Marcos Aurélio Egídio da Silva, o jornalista Charllie Oliveira Santos, o empresário Adson José Batista, o professor Antenor José Pinheiros Santos, além do coronel Urzêda. “Isso aí é uma novidade para mim. Devo ser chamado por ser amigo, conhecido do Sampaio, seria chamado para falar da pessoa dele. Não tenho nada para falar sobre o crime”, diz.
Na época da execução de Valério Luiz, o coronel afirmou que estava à frente do Comando de Missões Especiais (CME/2) onde trabalhavam os acusados do crime, o sargento Djalma Gomes da Silva e o cabo Ademá Figueirêdo Aguiar Filho, que teria atirado seis vezes com uma pistola calibre 357 no radialista em frente à rádio em que trabalhava. Urzêda também é conselheiro do time Atlético Goianiense.
Para a defesa do cabo Figuerêdo, foram arrolados o tenente Valdivino Dias Marques, o coronel Renato Brum dos Santos, da Corregedoria da Polícia Militar de Goiás (PM-GO) e o jornalista Joel Datena. O jornalista disse que não tem conhecimento se terá, ou não, de comparecer ao Tribunal do Júri para testemunhar em favor do cabo Figuerêdo, que trabalhava como segurança para o jornalista.
Em dezembro do ano passado, o Supremo Tribunal Federal (STF) anulou a decisão de mandar o mandatário do Atlético Goianiense para júri popular por conta da morte de Valério Luiz. A participação de Maurício Sampaio, de acordo com o ministro da corte Ricardo Lewandowski, não ficou clara.
Crime
O cronista esportivo Valério Luiz foi assassinado em 5 de julho de 2012, quando saia da rádio em que trabalhava, no Setor Serrinha, em Goiânia. Crítico da gestão do cartorário Maurício Sampaio estava à frente do Atlético Goianiense, ele foi alvejado por seis tiros por pessoas que estavam em uma moto. Seu pai, o jornalista esportivo Mané de Oliveira, afirmou à época que Valério Luiz havia sido morto por conta de suas opiniões. (Marcus Vinícius Beck é estagiário do jornal O Hoje, sob orientação do editor de Cidades Rhudy Crysthian)