Operação Hipócrates: operadores do sistema de saúde de Goiás recebiam até R$ 5 mil para fraudar fila de cirurgias e exames

As fraudes ocorriam com objetivo de burlar a fila de prioridade de cirurgias eletivas, consultas e exames pagos pelo serviço de saúde pública, mediando pagamento

Postado em: 09-02-2023 às 11h22
Por: Ícaro Gonçalves
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As fraudes ocorriam com objetivo de burlar a fila de prioridade de cirurgias eletivas, consultas e exames pagos pelo serviço de saúde pública, mediando pagamento | Foto: Divulgação/PCGO

A Polícia Civil de Goiás (PCGO) cumpre na manhã desta quinta-feira (9/2) 22 mandados de prisão temporária, busca e apreensão e de afastamento das funções públicas contra suspeitos de fraudarem o sistema de regulação médica de Goiás. As fraudes ocorriam com objetivo de burlar a fila de prioridade de cirurgias eletivas, consultas e exames pagos pelo serviço de saúde pública, mediando pagamento.

A operação desta quinta, nomeada de Hipócrates, foi deflagrada pela Delegacia Estadual de Combate à Corrupção (DECCOR). Segundo a investigação, pessoas pagavam a operadores do sistema de regulação até R$ 5 mil para que fossem incluídas indevidamente na fila de regulação médica e “pulassem” posições de prioridade.

As fraudes causaram a sobrecarga nas vagas das unidades hospitalares, em prejuízo daqueles que de fato necessitam realizar os procedimentos médicos. A maioria dos casos se refere a procedimentos cirúrgicos para fins meramente estéticos.

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A polícia suspeita que, só nos últimos 6 meses, um único operador tenha feito mais de 1.900 inserções fraudulentas no sistema de regulação médica de Goiás, considerando que alguns operadores sequer são vinculados a Unidades de Saúde do Estado ou dos municípios.

Estão sendo cumpridos mandados em Goiânia, Goianira, Anápolis, Damolândia, São Miguel do Araguaia e Teresina de Goiás. São investigados crimes de corrupção ativa, corrupção passiva, inserção de dados falsos em sistema de informação e associação criminosa.

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