Mutirão da DPE para vagas de CMEIs e escolas de Aparecida atende 635 famílias
A ação concentrada começou no sábado (11)
O segundo dia de atendimento concentrado em demandas por vagas em CMEIs e escolas municipais de Aparecida de Goiânia, renovou a esperança de muitas mães e pais que buscaram o atendimento da Defensoria Pública do Estado de Goiás (DPE-GO), neste domingo (12/2). Nos dois dias, o mutirão realizou 635 atendimentos. A ação concentrada começou no sábado (11).
Lucivania Araújo de Moura, 37 anos, é motorista de ônibus do transporte coletivo e está em busca de vaga para a filha de dois anos desde 2020. Mãe de três filhos, é responsável pela garantia do sustento das crianças. “Eu que garanto o sustento deles em casa. As crianças ficam com a minha vizinha que me ajuda, até a hora que eu chegar do trabalho”, disse. Ela conta que após o atendimento na Defensoria ficou mais esperançosa. “Estou saindo daqui com muita esperança, se Deus quiser vai dar certo”, comenta.
Cristina Luiz Mateus, 33 anos, precisa de duas vagas em CMEI para os filhos de 3 e 6 anos, que aguardam na fila de espera. Ela conta que não tem condições de pagar uma escola particular para as crianças, porque no momento está desempregada. “Hoje estou em casa cuidando dos meus filhos, com a ajuda do governo e com a ajuda da minha mãe”, disse.
Francimarie Fernandes Noleto, 47 anos, acompanhava a filha Talita Magalhães Albuquerque Noleto, 24 anos, em busca de uma vaga em CMEI para o seu neto de um ano e quatro meses. “A gente veio porque eu fiz o cadastro no CMEI e foi pra reserva. A mãe dele possui deficiência auditiva, fato que dificulta a comunicação com a criança e, por isso, precisa estar em um ambiente escolar pra socializar com as outras crianças”, explica.
Vitória Xavier de Moraes, 23 anos, também busca vaga em CMEI para o filho de três anos, que é autista. Ela conta que a criança aguarda na fila de espera há um ano, e que o ambiente com outras crianças iria auxiliar no aprendizado do filho. “Eu matriculei ele no ano passado e foi automaticamente pra vaga de espera. E como ele é autista, ele precisa estar na escola pra se comunicar com as outras crianças”, afirma.
Atendimentos
“É gratificante ajudar tantas famílias que não conseguiram vagas na rede pública, a poder ter uma nova chance e garantir a educação, que é um direito básico da criança e do adolescente”, avalia o defensor público Tairo Batista, titular da 3ª Defensoria Pública Especializada dos Juizados da Infância e Juventude e de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher de Aparecida de Goiânia.
Quem não teve a oportunidade de participar do mutirão de atendimentos pode procurar a unidade Aparecida de segunda a sexta-feira, das 8 às 18 horas. “A Defensoria Pública permanece à disposição das pessoas, seja durante os mutirões ou em atendimentos em dias normais”, finaliza Tairo Batista.