Não preciso mais ir no banco? Veja como funciona a nova prova de vida do INSS

Se antes o beneficiário é que tinha de ir anualmente ao banco para provar que estava vivo, a partir deste ano será o próprio INSS que fará a checagem

Postado em: 17-02-2023 às 08h33
Por: Ícaro Gonçalves
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Se antes o beneficiário é que tinha de ir anualmente ao banco para provar que estava vivo, a partir deste ano será o próprio INSS que fará a checagem | Foto: Reprodução

A partir de janeiro de 2023, o Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) instituiu novas regras sobre a prova de vida. Se antes o beneficiário é que tinha de ir anualmente ao banco para provar que estava vivo, a partir deste ano será o próprio INSS que fará a checagem, com cruzamento de informações de bancos de dados do governo.

Alguns recursos usados pelo instituto para a prova podem ser o registro de vacinação do segurado, se a pessoa votou em eleições ou renovou a carteira de motorista ou o passaporte. Embora não seja mais obrigatório, o segurado pode também ir até uma agência bancária ou acessar o aplicativo Meu INSS.

Veja a lista completa de ações que dão prova de vida

Cerca de 17 milhões de beneficiários — aposentados, pensionistas e beneficiários por incapacidade — precisam da comprovação de vida em 2023.

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Uma portaria publicada em 24 de janeiro traz a relação de todos os dados válidos para a prova de vida:

  • Acesso ao aplicativo Meu INSS com o selo ouro ou outros aplicativos e sistemas dos órgãos e entidades públicas que possuam certificação e controle de acesso, no Brasil ou no exterior;
  • Realização de empréstimo consignado, efetuado por reconhecimento biométrico;
  • Atendimento presencial nas agências do INSS ou por reconhecimento biométrico nas entidades ou instituições parceiras; perícia médica, por telemedicina ou presencial; e no sistema público de saúde ou na rede conveniada;
  • Vacinação;
  • Cadastro ou recadastramento nos órgãos de trânsito ou segurança pública;
  • Atualizações no CadÚnico (Cadastro Único para Programas Sociais) efetuadas pelo responsável pelo grupo;
  • Votação nas eleições;
  • Emissão ou renovação de: passaporte, carteira de motorista, carteira de trabalho, alistamento militar e carteira de identidade. Também valem outros documentos oficiais que necessitem da presença física do usuário ou reconhecimento biométrico;
  • Recebimento do pagamento de benefício com reconhecimento biométrico;
  • Declaração de Imposto de Renda (titular ou dependente).

O INSS informa que receberá esses dados de órgãos parceiros e comparará com os dados que já tem cadastrados em sua base.

Se o procedimento de prova de vida não for reconhecido pelo INSS, o beneficiário será notificado pelo app Meu INSS ou pela Central 135.

Outra possibilidade é notificação bancária para que o usuário realize algum que seja identificado na base de dados, diz o INSS. Após a emissão do comunicado, o segurado terá 60 dias para realizar alguns dos atos descritos na prova de vida.

Se nada for identificado na base de dados, o INSS programará de forma automática uma pesquisa externa, que será feita por um servidor do órgão para localizar o beneficiário.

O benefício pode ser bloqueado?

Apenas se a pessoa não comprovar que está viva dentro do prazo de 60 dias. Ou se o endereço cadastrado nas bases de dados do INSS for insuficiente para a localizá-la.

Nesses casos, o segurado será notificado, e o benefício será bloqueado pelo prazo de 30 dias. Entretanto, existe a possibilidade de ele realizar a prova presencialmente em uma agência bancária ou em uma unidade do INSS dentro desse intervalo.

Se ainda assim o beneficiário não comparecer, o benefício será suspenso depois desses 30 dias. Após seis meses de suspensão, será cancelado.

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