Mesmo caro, álcool gel some das prateleiras

Um levantamento realizado ontem (12) em 20 unidades que comercializam medicamentos em Goiânia, 13 estavam com falta do produto em estoque, o que eleva o preço

Postado em: 13-04-2018 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Um levantamento realizado ontem (12) em 20 unidades que comercializam medicamentos em Goiânia, 13 estavam com falta do produto em estoque, o que eleva o preço

Gabriel Araújo*

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Com a alta procura, o preço do álcool em gel tem uma variação de 34% nas farmácias da Capital. O produto na embalagem de 880g pode ser encontrado com preços de R$ 18,50 a R$ 27,90. Um levantamento realizado ontem (12) em 20 unidades que comercializam medicamentos em Goiânia, 13 estavam com falta do produto em estoque, o que eleva o preço. 

Após a pandemia de H1N1 em 2009, a utilização do álcool em gel se tornou costumeira na população brasileira. Na busca por uma solução segura na higienização das mãos, especialistas começaram a indicar o antisséptico devido ao menor risco de incêndios e de contaminação de alimentos.

Entre os principais benefícios do álcool em gel estão a assepsia, que por ser um germicida a substancia tem uma capacidade de limpeza alta. A praticidade, que permite a locomoção sem causar problemas. A segurança e o fato de o álcool em gel não deixar resíduos na pele, o que pode levar a contaminação quando a pessoa leva a mão à boca.

Vacinação

Nesta semana o Ministério da Saúde liberou cerca de 650 mil doses para o estado de Goiás dar início a campanha de vacinação, que deve ter início hoje (13). O Estado é o primeiro a receber as vacinas contra o H1N1 e, conforme informado pelo secretario estadual de saúde, Leonardo Vilela, o pedido para o adiantamento da campanha se deve ao aumento não esperado dos casos.

De acordo com Vilela, a vacinação começa com os trabalhadores da saúde, idosos e pacientes com doenças crônicas. “Nós tivemos um comportamento anômalo. Em março, nós tivemos o surto na Vila São Cottolengo e vários outros casos notificados e confirmados. É uma situação que não acontece no resto do país, por isso Goiás vai ser o único estado do país que começa hoje”, afirmou o secretário.

Surto

De acordo com a Secretaria do Estado da Saúde de Goiás (SES), foram registrados 63 casos de H1N1 este ano, além de oito mortes, sendo cinco mulheres e três homens. Os municípios em que mais casos foram constatados são Goiânia, com 35 pacientes, Trindade, que conta com 10 casos e Aparecida de Goiânia, com quatro. Antes do surto atual, a última morte havia sido registrada em 2016, quando 90 pessoas morreram em decorrência da doença.

Segundo o Ministério da Saúde, a gripe H1N1 possui sintomas muito semelhantes à gripe comum. Pode-se sentir a garganta seca, rouquidão, pele quente e úmida, além de olhos lacrimejantes. Nas crianças, a febre pode se apresentar com temperaturas mais altas, com quadros de bronquite e sintomas gastrointestinais.

Além desses sintomas, é possível que também ocorra diarreia e vômito na pessoa infectada, mas esses não são tão recorrentes. A recomendação médica é que, ao constatar a frequência desses sintomas, o cidadão procure ajuda médica para se submeter a um exame clínico e, assim, ter certeza do diagnóstico.

Pandemia

Em 2009 um surto de H1N1, que teve início no México, afetou praticamente todo o mundo. A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou na época que a epidemia era um caso de emergência na saúde pública internacional.

No Brasil, foram mais de mais de 58 mil casos da doença e 2.100 mortes confirmadas. A gripe estava na escala seis de alerta da OMS, em uma escala de 1 a 6. De acordo com a OMS, a gripe H1N1 é uma mutação de diversos vírus incluindo a da gripe espanhola, outras formas de gripe humana, e da gripe aviária. (Gabriel Araújo é estagiário do jornal O Hoje sob orientação do editor de Cidades Rhudy Crysthian). 

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