Cultivo de algodão em Goiás deve crescer 1,5%, diz SEAPA
Boletim Agro em Dados demonstra um panorama da cotonicultura em Goiás e fornece dados sobre outras seis cadeias produtivas
Por: Everton Antunes
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Para 2023, é estimado aumento no cultivo de algodão goiano – tanto em áreas plantadas quanto na produção. Esse é o cenário apontado pelo informe da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (SEAPA), que traz a cotonicultura como destaque deste mês. A publicação também traz números sobre outras seis cadeias produtivas goianas: bovinos, suínos, lácteos, frango e milho.
Conforme a Companhia Nacional de Abastecimento, as lavouras do estado devem produzir quase 124 mil toneladas de algodão neste ano, o que exprime uma alta de 1,5% em relação ao ano de 2022. Esse montante representa 1,7% da produção nacional e confere a Goiás o sexto lugar no ranking de produtores entre os estados e Distrito Federal. Ainda segundo a companhia, a área de cultivo deve aumentar 1,5% – o que corresponde a 27,5 mil hectares.
Além disso, os números apontam para uma estabilidade, do ponto de vista produtivo, que deve permanecer em 4,5 toneladas/hectare. A edição deste mês do Agro em Dados também mostra a série histórica de produção, área plantada e produtividade do algodão em Goiás, entre 2006 e 2022.
Por meio do boletim, é possível verificar os maiores exportadores – Goiás encontra-se em quinto lugar – e compradores do algodão brasileiro – respectivamente, Turquia e China lideram a lista. Por fim, o documento traz o preço histórico do algodão em pluma nos últimos dois anos. Dados do indicador Cepea/Esalq registram queda de 1,8% no preço médio do cultivo.
O secretário do SEAPA Tiago Mendonça ressalta que “de 2021 para 2022, as exportações de algodão saltaram de US$ 73,6 milhões para US$ 235,9 milhões; enquanto que as importações caíram de US$ 600,6 mil para US$ 415,4 mil”. Ele adiciona: “Estamos em constante diálogo com as entidades do setor, monitorando a cadeia e apoiando o produtor com infraestrutura, crédito e assistência técnica para que os números sigam positivos”.
Sobre as demais commodities, Goiás aparece como terceiro maior estado responsável pelas exportações de carne bovina (11%) – enquanto que São Paulo (27,6%) e Mato Grosso (21,2%) ocupam o primeiro e segundo lugar. Na produção de suínos, Goiás ocupa o sétimo lugar do ranking de participação de estados nas exportações (1,1%).
Já as safras de soja goiana configuram 9,1% das exportações entre os estados – o que posiciona Goiás no quarto lugar do ranking. No setor de lácteos, os principais destinos das exportações são os Estados Unidos (52,1%) e o Chile (47,9%), mas o comércio exterior desses produtos observou queda de 27,3% – se comparado ao mesmo período de 2022.