Quaresma influencia preço de pescados nas peixarias

Maior variação de preço foi o do bacalhau que chegou a 332,38%

Postado em: 09-03-2023 às 08h03
Por: Alexandre Paes
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Maior variação de preço foi o do bacalhau que chegou a 332,38% | Foto: Divulgação/ Procon Goiás

O tradicional consumo de pescados durante a Quaresma é um período para os cristãos católicos brasileiros. E entre tantos ritos, o principal hábito é o de evitar o consumo de carne vermelha. Por conta disso, durante esses dias, a venda de peixes tende a aumentar. Mas para evitar que consumidor seja passado para trás, uma ação do Procon Goiás está realizando a pesquisa comparativa de preços de peixes de água salgada, doce e frutos do mar. 

Entre peixarias e supermercados, foram visitados 16 estabelecimentos da capital. A pesquisa envolveu 39 itens de diferentes marcas e tamanhos. Nos supermercados, a maior variação de preço identificada foi de até 332,38%, no quilo do bacalhau Saithe. O valor desse produto variou de R$ 34,90 a R$ 150,90. 

Outro item com grande variação de preço, de mais de 206%, foi o camarão IQFC 7, que foi encontrado de R$ 43,90 a R$ 134,50. A equipe do Procon Goiás também encontrou uma variação de mais de 32% no quilo do pintado, comercializado entre R$ 22,58 e R$ 29,90. 

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A maior variação de preço identificada em peixarias foi no quilo do bacalhau porto, com valores entre R$ 99 e R$ 239,90.  A variação é de pouco mais de 142%. Outro destaque da pesquisa foi o camarão rosa GG, com variação de 83,57%, sendo o menor preço de R$ 98 e o maior de R$ 179,90. O tucunaré também é um item bastante procurado para preparo de diversas receitas. O preço desse peixe variou de R$ 26 a R$ 39,90, ou seja, de 53,46%.

Aumento médio na comparação com 2022

Nas peixarias, comparando com o ano passado, a equipe de pesquisa e cálculo do Procon Goiás constatou a elevação de 12,58% no camarão IQFC, que registrou um preço médio de R$ 38,74 em 2022. Esse ano, o preço médio foi de R$ 43,62. A tilápia inteira, produto bastante consumido pelos brasileiros, teve aumento médio de pouco mais de 7%. 

Em abril de 2022, era comercializado em média a R$ 20,45 e, em março deste ano, a R$ 21,90. Além disso, foi possível identificar uma redução significativa no valor de um item. É o caso do quilo do peixe pintado, que ano passado era comercializado ao preço médio de R$ 31,40 e agora ao preço médio de R$ 21,90, uma redução de mais de 20,56%. 

Em supermercados, o destaque é para o quilo do filé de salmão. Em 2022, era possível comprar o produto por R$ 87,45. Esse ano, o preço médio encontrado foi de R$ 138,56. Uma variação de mais de 58%. 

Os agentes de fiscalização do Procon, encontraram ainda um aumento médio de 11,8% no quilo do pintado inteiro, que ano passado custava R$ 24,88 e esse ano R$ 27,82. O quilo da tilápia inteira teve redução de 32%. Em 2022, era comercializada em média por R$ 32 e esse ano o preço médio é de R$ 16,93. 

Orientações ao consumidor na hora da compra

O consumidor deve estar atento, pois os comerciantes são obrigados a cumprir as ofertas apresentadas em anúncios ou folhetos publicitários. Na hora de registrar o produto no caixa, observe se o preço equivale à oferta divulgada. De acordo com o levantamento, algumas espécies de peixes e frutos do mar ora estão mais baratas nas peixarias e ora estão mais em conta nos supermercados. 

“O consumidor deve estar bastante atento em relação às condições de armazenamento e higiene dos produtos e do local. No supermercado, o pescado deve estar exposto em balcão frigorífico e na feira, envolto em gelo picado, sempre protegido do sol e de insetos. É necessário verificar se o produto tem selos de inspeção, data de acondicionamento e prazo de validade”, relatou o superintendente do Procon Goiás, Levy Rafael Alves Cornélio.

Segundo o órgão, os produtos congelados devem ser conservados sempre a temperaturas inferiores a -18ºC e resfriados abaixo de 0ºC. O consumidor pode checar se há presença de água ou piso úmido próximo ao freezer, pois isso pode ser um indicativo de que o balcão foi desligado ou teve a temperatura reduzida, o que pode acabar prejudicando a qualidade do pescado.

“A aparência do pescado deve ser sempre verificada. Pressione os dedos para constatar a firmeza da barriga do peixe e veja se os olhos estão brilhantes. Também é preciso checar se as guelras estão vermelhas e se as escamas estão presas ao corpo. Bacalhau e outros peixes secos não devem apresentar manchas vermelhas ou pintas pretas no dorso nem umidade, o que pode indicar presença de bactérias”, complementa Levy. 

No caso do camarão, eles devem ser firmes e com a carapaça presa ao corpo. “O odor deve ser o característico do produto, sem ser forte demais. No caso de lulas e polvos, a orientação é para que se adquira os de cores mais claras, pois são os mais frescos”, finaliza o superintendente.

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