Empresa anuncia Bolsonaro como convidado especial para discutir meio ambiente em evento nos EUA

A floresta amazônica perdeu 218,41km² de vegetação em dezembro do ano passado, o último sob a gestão de Bolsonaro

Postado em: 14-03-2023 às 11h44
Por: Rodrigo Melo
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A floresta amazônica perdeu 218,41km² de vegetação em dezembro do ano passado, o último sob a gestão de Bolsonaro | Foto: Agência Brasil

A Geoflorestas anunciou, em uma rede social, a realização de um seminário sobre meio ambiente e sustentabilidade com a participação especial do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Em seu perfil, a empresa de consultoria fundada em 2010, descreve como meta “desenvolver soluções ambientais para garantir a sustentabilidade e a boa relação entre suas atividades econômicas e o meio ambiente.”. O evento está previsto para o dia 30 de março às 19h30 (horário de Brasília).

Foto: Perfil Geoflorestas/Linkedin

A empresa foi uma das empresas participantes do programa “Adote um Parque”, criado durante o governo de Bolsonaro para atrair recursos privados a unidades de conservação florestal. No entanto, a empresa acabou desistindo, em setembro do ano passado, do investimento de R$ 141 mil na reserva extrativista Chocoaré-Mato Grosso, no Pará. A informação consta no documento disponível no site do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

A data anunciada para o evento será depois do dia que foi divulgada pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) para retorno do pai ao Brasil. O senador havia dito que o ex-presidente voltaria nesta quarta-feira (15), em uma publicação no Twitter na semana passada. Porém, o parlamentar apagou a publicação.

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Desmatamento

A floresta amazônica perdeu 218,41 quilômetros quadrados (km²) de vegetação em dezembro do ano passado, o último sob a gestão de Bolsonaro, em mais um recorde de seu governo. Os dados são do Deter, sistema do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) do governo que emite alertas para o combate ao desmatamento em tempo real. 

O forte desmatamento da Amazônia durante o governo de Bolsonaro se concentrou em terras públicas sob jurisdição federal, o que sinaliza uma falta de fiscalização e controle.

De acordo com o Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), em janeiro, 80% de todo o desmatamento da Amazônia ocorreu em terras federais em 2022: foram 8.443 km², o que equivale a 5,5 vezes a área da cidade de São Paulo. O estudo utiliza satélites para detectar áreas desmatadas.

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