Polícia Civil investiga golpes do falso financiamento contra 20 vítimas de Goiânia
A ação policial deu cumprimento a sete mandados de busca e apreensão em estabelecimentos empresariais e nas residências dos investigados, em Goiânia.
Por: Ícaro Gonçalves
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A Polícia Civil de Goiás (PCGO) deflagrou na terça-feira (14/3) uma operação para investigar e combater a aplicação de “golpes do falso financiamento”, espécie de fraude que tem sido frequente no Estado. A ação policial deu cumprimento a sete mandados de busca e apreensão em estabelecimentos empresariais e nas residências dos investigados, em Goiânia.
O golpe ocorria de forma a fazer o consumidor acreditar estar adquirindo um financiamento para compra de veículo. Inicialmente, o cliente vê um anúncio de venda de veículos na internet e entra em contato com a empresa.
Os interessados recebem, então, promessas que lhes garantiam a aquisição do veículo num curto prazo. Após isso, o consumidor é convencido a pagar quantias a título de “entrada” do financiamento.
Escoado o prazo de obtenção do crédito, sem sucesso ao adquirir o financiamento ludibrioso, o consumidor entra em contato e solicita o rompimento contratual. Nesse momento é quando descobre que, na verdade, foi levado a assinar contrato com assessoria/consultoria financeira, sendo-lhe recusada a devolução dos valores entregues.
A operação ocorreu por meio da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Consumidor (Decon). Foram apreendidos aparelhos telefônicos, computadores, livros-caixa, cartilhas de treinamento na aplicação dos crimes, contratos e documentos diversos. Foram catalogadas aproximadamente 20 vítimas, podendo existir ainda outras dezenas de vítimas na região metropolitana de Goiânia.
Foi instaurado inquérito policial a fim de apurar a responsabilidade dos envolvidos. Os empresários e demais participantes figuram como investigados pela prática de crimes contra as relações de consumo, estelionato, associação criminosa e conexos. As penas, cumuladas, dada a gravidade das condutas, podem ultrapassar 20 anos de prisão.
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