Motorista é condenado a 18 anos de prisão por matar ex-companheira grávida, em Goiânia

O crime ocorreu no dia 4 de junho de 2018, no Jardim Caravelas, em frente a casa da vítima

Postado em: 17-03-2023 às 09h04
Por: Ícaro Gonçalves
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O crime ocorreu no dia 4 de junho de 2018, no Jardim Caravelas, em frente a casa da vítima | Foto: Reprodução/Arquivo pessoal

O motorista Aginaldo Viríssimo Cuelho foi condenado nesta quinta-feira (16/3) pelo júri popular, em Goiânia, a 18 anos de reclusão pela morte de sua ex-companheira grávida. Ele havia sido denunciado pelo Ministério Público de Goiás (MPGO) após o feminicídio, ocorrido no dia 4 de junho de 2018, no Jardim Caravelas.

Na sessão, presidida pelo juiz Jesseir Coelho de Alcântara e com acusação sustentada pelo promotor de Justiça José Carlos Miranda Nery Júnior, os jurados reconheceram duas qualificadoras para o crime: a de emprego de recurso que dificultou a defesa da vítima e a de feminicídio (crime praticado por razões da condição de sexo feminino, no contexto da violência doméstica e familiar).

Conforme a denúncia oferecida em 2018, Aginaldo e Denise Ferreira da Silva tinham um relacionamento conturbado, com discussões constantes e agressões físicas por parte de Aginaldo. Uma dessas agressões, inclusive, foi registrada pela vítima na Polícia Civil de Goiás. Após essa ocorrência, a mulher saiu de casa e Aginaldo passou a morar com o filho do casal (mais velho), porém, continuaram a manter contato, porque Denise estava grávida.

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No dia do crime, conforme a denúncia, o casal teve uma conversa por meio de um aplicativo de mensagens. Após isso, o acusado pegou um revólver e foi até a casa dela. Ao chegar ao local, arrombou a porta e iniciou uma discussão com a mulher, que conseguiu escapar e fugir para a rua. O motorista, no entanto, a alcançou a ex-companheira e disparou dois tiros.

Segundo relatos colhidos na investigação, Denise pediu a todo tempo que Aginaldo não a matasse, pois, um outro filho, então com 6 anos, estava assistindo à briga. Apesar dos apelos, o acusado conseguiu dominar a mulher, que já estava caída, colocou o joelho sobre seu pescoço e efetuou um disparo fatal na cabeça. Nesse instante, um vizinho conseguiu colocar a criança para dentro de casa, enquanto Aginaldo fugia.

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