Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias repudia taxa de juros a 13,75%

Para a Abrainc, o patamar elevado da taxa causa entraves ao mercado imobiliário brasileiro e a geração empregos

Postado em: 23-03-2023 às 11h03
Por: Ícaro Gonçalves
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Para a Abrainc, o patamar elevado da taxa causa entraves ao mercado imobiliário brasileiro e a geração empregos | Foto: Agência Brasil

Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, decidiu nesta quarta-feira (23/3) por manter a taxa básica de juros do Brasil em 13,75%. Para a Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), o patamar elevado da taxa causa entraves ao mercado imobiliário brasileiro e a geração empregos.

Como destaca a associação, a principal fonte de financiamento para compradores de imóveis de baixa renda é o FGTS, que não é influenciado pela Selic. Mas os financiamentos habitacionais de médio e alto padrão são impactados pela taxa.

Para a Abrainc, o Banco Central deveria adotar medidas que aumentem a oferta de financiamentos ao setor. “Uma possível medida, para manter o crédito habitacional em patamar similar ao de 2022, seria o aumento no percentual de recursos da Poupança, que é direcionado obrigatoriamente ao financiamento de imóveis – dos atuais 65% para 70%”, defende a associação em nota.

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“Outras medidas importantes para preservar o crescimento do setor nesse ambiente de alta na Selic seria a dedução dos juros de crédito imobiliário no imposto de renda e a elevação do teto para que quem usar o FGTS na compra de um imóvel – atualmente esse valor está em RS 1,5 milhão”, completa.

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Repercussão

Para o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a decisão do Copom de manter a taxa em 13,75% é “preocupante”, principalmente devido ao momento que a economia brasileira atravessa.

“Considerei o comunicado do Copom muito preocupante. Em um momento em que a economia está retraindo e que o crédito está com problemas, o Copom chega a sinalizar até a possibilidade de uma subida da taxa de juros, que já é hoje a mais alta do mundo. Nós lemos com muita atenção e consideração, mas achamos que realmente o comunicado preocupa bastante”, declarou o ministro.

Haddad afirmou que vai enviar ao Banco Central as considerações do governo federal sobre o atual patamar da Selic. “A depender das futuras decisões, elas podem comprometer o resultado fiscal. Vamos fazer chegar ao Banco Central nossa análise do que é mais recomendável para a economia brasileira encontrar o equilíbrio”, disse.

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