Racismo religioso é pauta de sessão solene na Câmara de Aparecida de Goiânia
A sessão solene ocorreu em meio às celebrações do Dia Nacional das Tradições de Matriz Africana e Nações do Candomblé
Por: Ícaro Gonçalves

A Câmara Municipal de Aparecida de Goiânia recebeu na quarta-feira (22/3) representantes da Defensoria Pública de Goiás (DPE-GO) e lideranças de religiões de matriz africana para debater o combate ao racismo e a intolerância religiosa.
A sessão solene ocorreu em meio às celebrações do Dia Nacional das Tradições de Matriz Africana e Nações do Candomblé, comemorado no dia 21 de março. Na oportunidade, a defensora pública Lorena Borges Santos falou sobre as frentes de atuação da pauta étnico-racial da DPE-GO e forneceu informações importantes sobre o atendimento às pessoas negras.
“Eu convido todos e todas a buscarem o nosso Grupo de Trabalho pela Igualdade Racial para realizar qualquer tipo de diálogo, pensar em políticas públicas, começar um projeto e também para levar denúncias”, frisou. A defensora também destacou que a instituição tem trabalhado para ampliar o atendimento dentro do grupo e ter um foco maior em casos de racismo religioso.
Reconhecimento
O Dia Nacional das Tradições das Raízes de Matrizes Africanas e Nações do Candomblé foi instituído pela Lei 14.519/23, sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A data coincide com o marco escolhido pela Organização das Nações Unidas (ONU) para, anualmente, instalar uma rede intercontinental de conscientização pelo Dia Internacional contra a Discriminação Racial. A data foi escolhida pela ONU em 1966 em memória às 69 vítimas do massacre de Sharpeville, bairro negro da África do Sul.
Autor do projeto, o deputado federal Vicentinho (PT-SP) destacou que Candomblé tem sido historicamente marginalizado. “Inicialmente proibida e considerada como ato criminoso, a prática do Candomblé chegou a ser impedida por vários governos, sendo seus adeptos perseguidos e presos pela polícia”, afirmou na ocasião da apresentação do projeto.
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