Professores, técnicos e alunos da UEG apresentam demandas em audiência na Alego

Deputados estaduais integrantes da Frente Parlamentar em Defesa da Universidade Estadual de Goiás (UEG) promoveram na segunda-feira (27/3) uma audiência pública para debater assuntos de interesse da instituição de ensino.

Entre os objetivos da audiência estava promover o acompanhamento sistêmico da universidade e a debater propostas de alternativas que fomentem o ingresso de goianos nos diversos cursos ofertados pela UEG.

Comandada pelo deputado Antônio Gomide (PT), também participaram da mesa o deputado Mauro Rubem (PT), o presidente da Associação dos Docentes da UEG, professor Marcelo Moreira; o coordenador do Campus de Pires do Rio, professor Mamede Leão; a coordenadora do campus de Anápolis, Kesia Rodrigues dos Santos; representante da Associação dos Técnicos Administrativos da UEG, José Antônio Nunes de Moraes, e a representante dos alunos da universidade estadual, Ana Abreu.

“Estamos aqui escutando vocês e anotando qual o sentimento sobre a sua universidade. Vamos sempre fazer um esforço para debater a UEG constantemente aqui na Alego e, dessa forma, procuramos sensibilizar o Governo e melhorar o orçamento da instituição”, disse Gomide a representantes das 16 cidades que abrigam campi da universidade.

Problemas que precisam ser enfrentados

Presidente da Associação dos Docentes da UEG, o professor Marcelo Moreira Marcelo Moreira apontou três problemas que precisam ser corrigidos para garantir melhores condições de trabalho aos professores: acesso ilimitado do docente ao regime de trabalho integral na docência ou pesquisa; revisão do plano de cargos e salários; e correção da defasagem salarial.

“Não se faz pesquisa séria, com financiamento externo, sem ter pesquisadores dedicados exclusivamente à universidade. Nossas promoções e progressões estão represadas, sendo que o plano precisa ser revisto sem as imposições de normas pelo Governo. Para se ter uma ideia, hoje temos 35,5% de defasagem salarial”, comentou.

De acordo com Marcelo Moreira, os servidores estão imersos numa instituição que não aprendeu a planejar e, quando se procura alternativas, não tem o respaldo do Poder Executivo. “Estamos sendo impedidos de trabalhar porque o Governo tenciona de tal forma que os servidores vêm perdendo a capacidade de trabalhar. Nossos professores estão doentes com a pressão e a carga pesada de trabalho. São 12 horas semanais em sala de aula, além de ter que cumprir uma série de atividades, pesquisa e até gestão”, relatou.

Já José Antônio Nunes de Moraes, representante da Associação dos Técnicos Administrativos, afirmou que a defasagem dos vencimentos da categoria está em 50% e que a UEG tem sofrido a debandada de técnicos, contando hoje com apenas 502. Ele lembrou que o plano de cargos e vencimentos da categoria é de 2017 e que nunca atendeu às expectativas.

Por fim, a representante dos alunos da Universidade Estadual de Goiás, Ana Abreu, trouxe três reivindicações dos discentes: restruturação dos campi, curricularização de horas complementares e ampliação do serviço de transporte intermunicipal. 

Durante a audiência, o presidente da frente parlamentar deu oportunidade para  professores e alunos de várias localidades do estado, que possuem unidades da UEG, exporem seus problemas e demandas.  

Participação

Os deputados estaduais Anderson Teodoro (Avante), Coronel Adailton (PRTB) e Wagner Neto (PRTB), também integrantes da audiência, participaram do debate de forma remota. Os deputados Talles Barreto (PSDB), Issy Quinan (MDB), Karlos Cabral (PSB), Ricardo Quirino (Republicanos), Zely (PRTB), Cairo Salim (PSD), Rosângela Rezende (Agir), Jamil Calife (PP), Bia de Lima e Gugu Nader (Agir) também estão no grupo de trabalho.

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