Exercitar o cérebro pode evitar doenças, afirma psicóloga

O estímulo cerebral pode prevenir ou retardar doenças como Alzheimer e outras formas de demência

Postado em: 29-03-2023 às 08h04
Por: Everton Antunes
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Thalita sugere que os celulares sejam utilizados de modo funcional: "precisamos ter um uso moderado” | Foto: Divulgação

A leitura é uma das melhores formas de promover o desenvolvimento intelectual e sócio-cultural e é possível encontrar diversos benefícios nessa prática. Em contrapartida desse cenário, a tendência mundial é de alta nos casos de demência, como o Alzheimer, o que torna necessária a busca por atividades que conservem a saúde do cérebro desde a juventude, aponta a Alzheimer’s Association International Conference

De acordo com a psicóloga Thalita Martins, o desenvolvimento do cérebro se concretiza até os 20 anos, mas, a partir desse ponto, as funções cognitivas deste órgão começam a reduzir gradualmente. “Temos que trabalhar a mente desde a infância”, explica Martins, que ainda recomenda o exercício da mente como prevenção de doenças. 

Entre as práticas recomendadas pela profissional, encontram-se os jogos de tabuleiro, o xadrez, e a atividade física, bem como o aprendizado de um novo idioma. Em relação à leitura, a especialista sugere que esse hábito pode proporcionar o enriquecimento do vocabulário e melhorias na capacidade de expressão. 

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“No livro não existem abreviações como usamos no celular, como o “pq” e “vc”. O livro compreende a língua portuguesa como ela é escrita”, lembra Thalita. Segundo a psicóloga, ter a biblioteca como um mecanismo de relaxamento e estímulo é uma “ótima ideia”.

Diante da presença dos smartphones e da internet entre a nova geração, o uso precoce das tecnologias pode causar hábitos disfuncionais. A psicóloga alerta sobre potenciais sintomas que o uso excessivo e inadequado do celular podem causar: a falta de atenção e memória, a ansiedade, falta de sono e irritabilidade. 

A fim de controlar o uso dessas tecnologias, Thalita sugere que os celulares sejam utilizados de modo funcional: “precisamos ter um uso moderado, ele tira da pessoa a possibilidade de estímulo pela sua praticidade de fazer tudo para você”. Ela também explica que é necessário ajustar hábitos cotidianos, como, por exemplo, “pegar uma nova rota no trânsito ou andar de bicicleta no bairro”.   

Recomendações

A especialista enumera uma série de tópicos para o exercício da mente. A leitura de artigos com diferentes assuntos, que auxiliam a memória e capacidade de concentração, a resolução de quebra-cabeças, palavras cruzadas e sudoku, além de jogos de memória – práticas que estimulam o raciocínio lógico. 

Além disso, Thalita encoraja o aprendizado de uma nova habilidade ou hobby – um instrumento, a pintura –, o que condiciona ao cérebro a cognição de novas informações. Por fim, a especialista ressalta a importância das atividades sociais e a prática de exercícios físicos regulares, que corroboram para a melhoria da circulação sanguínea e oxigenação do cérebro, assim como melhora do estresse.

No entanto, a psicóloga salienta que a prevenção de doenças relacionadas ao cérebro não depende apenas do exercício da mente, mas de outros fatores, como uma dieta balanceada. Ainda de acordo com ela, é fundamental consultar um médico regularmente e avaliar a saúde, por meio de exames preventivos.

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