Mulheres eram usadas como ‘mulas’ e entravam com objetos ilegais

Um mandado de busca também foi executado na Penitenciária Odenir Guimarães (POG), integrante do Complexo Prisional de Aparecida

Postado em: 05-05-2018 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Um mandado de busca também foi executado na Penitenciária Odenir Guimarães (POG), integrante do Complexo Prisional de Aparecida

O Ministério Público do Estado de Goiás (MP) deflagrou na madrugada desta sexta-feira (4) mais uma etapa da Operação Regalia. Com o objetivo de combater uma série de benefícios oferecidos a detentos presos em instituições da Capital e região, um dos alvos principais das investigações foram mulheres de presos que entravam com objetos proibidos durante as visitas íntimas. Além delas, um ex-vigilante também foi preso.

Um mandado de busca também foi executado na Penitenciária Odenir Guimarães (POG), integrante do Complexo Prisional de Aparecida. 

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Nesta terceira fase da operação, foram emitidos cerca de 30 mandados de busca e apreensão, ocasionando a prisão de companheiras de detentos e de um ex-servidor. Presos envolvidos no caso por terem recebido objetos seguem detidos, onde aguardam o julgamento de novos processos.

Realizada em parceria entre as polícias Civil, Militar e a Diretoria Geral de Administração Penitenciária (DGAP), as buscas foram responsáveis pela apreensão de armas, munições e bebidas alcoólicas, além de outros itens proibidos.

Desdobramentos

Responsável por receber um dos maiores contingentes de presos do Estado, o alvo da deflagração da segunda fase da Operação Regalia foi a Unidade Prisional de Anápolis. Na ocasião foram cumpridos 11 mandados de prisão que além de punir os próprios detentos e suas companheiras, foram responsáveis por afastar integrantes importantes do sistema carcerário como diretor, supervisor e um agente.

À época, o Ministério Público apurou que no local era igualmente descumprida uma série de normas como o livre comércio de drogas, a saída de detentos para festas e a estruturação de um motel. Pequenos crimes e até mesmo a morte de um preso que a princípio teria sido vítima de suicídio também foi atribuída a detentos que cumprem pena no local.

Segundo os documentos obtidos pela investigação, a maioria dos presos não trabalhava, mas mesmo assim tinha dias descontados da pena. Havia ainda a negociação de dias da semana para que os condenados pudessem sair para visitas familiares ou ainda com finalidade bancária. (Guilherme Araujo estagiário do O Hoje)  

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