Segunda-feira, 01 de julho de 2024

Após audiência de custódia, goianas investigadas por tráfico de drogas completam um mês de detenção na Alemanha

Kátyna Baía e Jeanne Paolini foram vítimas de um grupo criminoso que trocou suas malas por bagagens com drogas no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo

Postado em: 06-04-2023 às 11h51
Por: Ícaro Gonçalves
Imagem Ilustrando a Notícia: Após audiência de custódia, goianas investigadas por tráfico de drogas completam um mês de detenção na Alemanha
Kátyna Baía e Jeanne Paolini foram vítimas de um grupo criminoso que trocou suas malas por bagagens com drogas no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo | Foto: Reprodução/Arquivo pessoal/Instagram

As goianas Kátyna Baía e Jeanne Paolini completaram na última quarta-feira (5/3) um mês sob detenção em Frankfurt, na Alemanha, respondendo investigação de tráfico de drogas. Elas foram vítimas de um grupo criminoso que trocou suas malas por bagagens com drogas no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo.

No dia em que completaram um mês de prisão preventiva, as goianas passaram por uma audiência de custódia, mas a Justiça Alemã decidiu por manter a prisão enquanto as investigações ainda prosseguem.

A Polícia Federal já descobriu e levantou provas contra o grupo criminoso de contrabando de drogas do qual Kátyna e Jeanne foram vítimas. Conforme noticiado pelo O Hoje, seis mandados de prisão foram cumpridos na terça-feira (6/4) contra suspeitos de trocarem as etiquetas das malas das goianas.

Continua após a publicidade

O Ministério Público e Justiça alemã já consideram os indícios levantados pela PF de que as duas foram vítimas, mas solicitaram acesso ao inquérito da Polícia Federal brasileira e dos vídeos do aeroporto onde as etiquetas foram trocadas como condição para libertá-las. As autoridades pedem ainda que as informações sejam enviadas por meio do Ministério da Justiça e Itamaraty.

Irmã de Kátyna, Lorena Baía divulgou uma nota na qual afirma estar confiante na soltura das familiares o mais breve possível. “Confiamos em Deus e na justiça dos homens para que esse episódio logo acabe e possamos ter a Kátyna e Jeanne de volta em nossos braços, para que possamos mais uma vez voltar a sorrir”, disse.

“Sabemos que as autoridades brasileiras estão fazendo todo o necessário e na maior velocidade possível para que esse caso seja esclarecido para as autoridades alemãs”, completou Lorena Baía, que também é presidente do Conselho Regional de Farmácia do Estado de Goiás (CRF-GO).

Entenda

Kátyna Baía é personal trainer, e Jeanne Paolini, veterinária. O casal aterrissou em Frankfurt no dia 5 de março e planejava passear, além da Alemanha, pela República Tcheca e Bélgica.

Suas bagagens tinham sido despachadas no Aeroporto Santa Genoveva, em Goiânia. Ao chegar ao Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP), os criminosos trocaram as etiquetas e, quando a bagagem chegou ao país europeu, o material criminoso foi descoberto pela aduana alemã.

Como a etiqueta de identificação da mala com as drogas estava com o nome da goianas, elas foram rastreadas e detidas pela polícia da Alemanha.

As passageiras ainda se encontram presas em Frankfurt. Elas informaram não ter conhecimento do conteúdo ilícito dentro das malas, e que as bagagens apreendidas não eram delas.

Segundo a PF, em favor das brasileiras presas há uma série de evidências que levam a crer, de fato, que não há envolvimento delas com o transporte da droga, pois não correspondem ao padrão usual das chamadas “mulas do tráfico”.

Além disso, filmagens registradas no Aeroporto de Guarulhos mostram as malas sendo manipuladas por um funcionário do setor de despache, que trocou as etiquetas. As bagagens do casal também tinham cores e pesos diferentes das que foram apreendidas pela polícia alemã.

Veja Também