Fiscalização não prioriza crimes de falsificação

A atuação da polícia é muito menor que o serviço atribuído a eles, afirma o delegado Frederico Dias Marciel

Postado em: 12-05-2018 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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A atuação da polícia é muito menor que o serviço atribuído a eles, afirma o delegado Frederico Dias Marciel

Raunner Vinícius Soares*

Nesta quinta-feira (10), ocorreu a operação Piratas do Cerrado que tem como finalidade o combate a comercialização ilegal de roupas de marcas falsificadas. A ação foi deflagrada pela Delegacia de Repressão de Crimes Contra o Consumidor (DECON), com o apoio do Grupo Tático da Polícia de Goiás e a Polícia Cientifica de Goiás.

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O Delegado Frederico Dias Marciel coordenou a atuação realizada em uma loja com sede no Setor Norte Ferroviários, na região da Rua 44, foram aprendidas mais de três mil peças de roupas como, camisas, calças, bermudas e camisetas, aparentemente falsificadas.

O proprietário não estava no local no momento da ação policial, mas já foi identificado. Segundo a Comunicação da Polícia Civil, foi instaurado inquérito policial para apuração dos fatos e proprietário da loja poderá responder pela prática de crime contra as relações de consumo e crime contra as marcas. 

A operação Piratas do Cerrado foi uma investigação que partiu dos próprios agentes, apesar, que, segundo o Delegado, a polícia tem muitas fontes de informação, e recebem muitas denuncias, “são várias informações  que nós temos de comercio ilegal de roupas falsificadas, tanto como denuncia anônima, quanto a própria investigação”. 

O Frederico Marciel, afirma que na realidade a 44, ou qualquer loja de roupa, não foi o alvo da delegacia (DECON) em 2018, porque tiveram outras prioridades, e outras demandas, que atenderam. Ele acredita que esta operação de combate a comercialização de roupas falsas foi a primeira deste ano.  “A atuação de quinta-feira, 10, foi a primeira galeria que a equipa da delegacia entrou em razão de um levantamento feito pelos agentes, agora, a operação vai continuar, este foi apenas o primeiro alvo”.

Ele relata que em relação a roupas falsificadas, em Goiás, Jaraguá é um dos principais pólos de fabricação, que a inteligência da polícia tem consciência que continuam fabricando, e também, a 44 que é um ponto de revenda destes produtos. Marciel, não tem dados para falar se a fabricação de produtos aumentou no Estado, porque este tipo de comercio já faz parte daquele local.

Alerta ainda que a delegacia tenha prioridades maiores para trabalhar apenas em função deste tipo de comércio, e se assim fosse a delegacia pararia. A DECON investiga desde mercados a cartel de postos de combustíveis. “Não temos uma equipe para lidar de forma especifica para este tipo de fraude, falsificações. O nosso efetivo é muito menor que as atribuições de serviço”. 

*Raunner Vinicius Soares é estagiário do jornal O Hoje sob orientação do editor de Cidades Rhudy Crysthian.

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