Plano nacional fecha Agências dos Correios serão fechadas

O anúncio de um plano nacional dos Correios precede fechamento de agências em Goiás

Postado em: 14-05-2018 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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O anúncio de um plano nacional dos Correios precede fechamento de agências em Goiás

Raunner Vinicius Soares*

Correios anunciam o fechamento de agências em Goiás. Uma consultoria feita, em todo o Brasil, pela diretoria da empresa diagnosticou a necessidade do fechamento de 513 das 755 unidades de atendimento no Estado. Ao todo serão demitidos 5.300 funcionários, conforme divulgou a coluna do Estadão, do último dia cinco.

A estatal confirmou que o estudo está sendo realizado em Goiás, mas explicou que não ainda não há nada concreto. O que ocorre são várias agências ‘sombreadas’, ou seja, unidades muito próximas uma da outra, inviabilizando os serviços da empresa. Dentre os objetivos do projeto, está contemplada a modernização da empresa para torná-la mais ágil, competitiva e sustentável, gerando não apenas benefícios para a sociedade como também resultados para o seu acionista controlador, o dinheiro público.

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Os Correios fecharam 2017 com prejuízo de R$ 1,3 bilhão. Os dados seguem a projeção apresentada pelo presidente da estatal à época, Guilherme Campos, em uma reunião no Palácio do Planalto. Confirmando, o quinto ano consecutivo em que a companhia, que foi palco inaugural do Mensalão há mais de dez anos, fechará no vermelho. Nos primeiros quatro meses deste ano, o prejuízo acumulado foi de R$ 800 milhões.

Em entrevista ao Estadão, o presidente interino, Carlos Fortner, diz que originalmente era para serem fechadas 752 unidades, porém foram aprovadas apenas 513. Fortner pediu um aprofundamento para área responsável pela investigação e quer ser convencido da necessidade do fechamento de cada agência.

As unidades serão fechadas por fases. A primeira etapa será com as agências que estão próximas, que funcionam em imóveis alugados, bem como as que têm pouco movimento.  A medida prevê o corte de gastos do dinheiro público. No entanto, o presidente interino garantiu que não haverá demissão nenhuma nessa etapa. “Essas pessoas serão absolvidas em outras agências.” Mas no documento aprovado pelo presidente, as demissões são de extrema importância.

Segundo Calos Fortner, os planos ainda têm muito a amadurecer. O pedido das análises foi separado em: estado, municípios, levando em consideração a localização das agências. A empresa está interessada em saber quantos quilômetros as pessoas se deslocam de uma unidade, que será fechada, para outra.

Quando questionado sobre revogação da decisão de fechar agências, o dirigente afirmou que o caso precisa ser reestudado. “Não é uma questão de revogar o trabalho. O fechamento de agências sombreadas é uma decisão que vai ser tomada, sim. Se é agora, no segundo semestre ou daqui a um ano faz parte de um projeto para que se possa ter uma empresa saudável. Não adianta eu ter uma agência perto da outra. Copacabana (RJ) tem agências a um quarteirão da outra. Não faz o menor sentido isso.”   

A lista definitiva de quantas empresas serão fechadas não tem nenhuma data prevista. Foram dados dois prazos para empresa que não foram respeitados. Fortner afirma não ter a necessidade de uma audiência pública, porque se trata de uma ação do gestor. Vai ser conversado com os prefeitos, e há necessidade de uma sensibilidade maior na definição das agências. (Raunner Vinicius Soares é estagiário do jornal O Hoje sob orientação do editor de Cidades Rhudy Crysthian) 

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