Condenadas por atear fogo e matar gerente de posto no Amapá são presas em Goiás
Crime aconteceu em 2015 e mulheres ficaram foragidas por oito anos
Por: Ana Júlia da Cruz Costa
Duas mulheres foram presas pela Polícia Civil de Goiás (PCGO) nesta quinta-feira (20), em Itaberaí, cidade do noroeste goiano. De acordo com a corporação, as duas foram condenadas por matarem o gerente de um posto para ficar com o cargo. O crime aconteceu no Amapá, em 2015.
Segundo a denúncia do Ministério Público do Amapá (MP-AP), a vítima foi morta por uma das mulheres, que atuava como frentista no local. A polícia explicou que a dupla ficou mais de oito anos foragida, se utilizando de nomes e documentos falsos.
Elas foram condenadas a 19 e 17 anos de prisão pelos crimes de homicídio qualificado por motivo torpe, meio cruel e que impossibilitou a defesa da vítima, além de furto qualificado pelo abuso de confiança. As duas foram encaminhadas para a unidade prisional de Araçu, onde ficarão à disposição da Justiça.
Crime planejado
A Polícia Civil explicou que o crime foi planejado por uma das mulheres, que tinha a intenção de ficar com o cargo da vítima. A corporação detalhou que a mulher armou para que o homem fosse drogado na madrugada do dia 30 de janeiro de 2015, quando ele estivesse presente em uma reunião no município de Vitória do Jari. A expectativa era de que isso causasse a demissão do gerente.
Ainda conforme a PCGO, a mulher contou com a ajuda da outra condenada, mediante a promessa de pagamento em dinheiro. Dessa forma, esta segunda pessoa envolvida teria combinado de se encontrar com o homem na madrugada do crime no local onde ele dormia, que era no posto de gasolina.
O plano era dopar e amarrar a vítima até o dia seguinte. No entanto, o efeito do remédio utilizado foi curto e o homem acabou acordando e se desvencilhou dos fios que o amarravam. Na ocasião, ele entrou nas vias de fato com as duas mulheres. Em seguida, uma delas acertou a cabeça da vítima com um forte golpe usando uma ferramenta de metal e fazendo com que o homem ficasse desacordado.
Logo depois, uma das frentistas retirou óleo diesel de uma das bombas do posto, espalhou o material pelo quarto em que a vítima estava desacordada e ateou fogo. Ela chegou a verificar se a porta do cômodo estava realmente trancada para impedir eventuais fugas. Segundo a polícia, o homem morreu asfixiado pela inalação de gases tóxicos.
Ass autoridades ainda esclareceram que, antes delas fugirem do local do crime, elas levaram aproximadamente uma quantia de R$ 14 mil.
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