Polícia pede ajuda à fabricante para saber velocidade de carro que matou jovens na T-63

Caso se comprove que motorista estava acima da velocidade máxima permitida, poderá responder por homicídio doloso

Postado em: 25-04-2023 às 15h29
Por: Ana Júlia da Cruz Costa
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Caso se comprove que motorista estava acima da velocidade máxima permitida, poderá responder por homicídio doloso | Foto: Divulgação

A Polícia Civil de Goiás (PCGO) pedirá auxílio técnico à fabricante do veículo envolvido no acidente que matou dois jovens na T-63, em Goiânia, na última quinta-feira (20). De acordo com a corporação, a empresa Volvo poderá ajudar a determinar a velocidade do carro no momento do impacto com os dois motociclistas. As autoridades acreditam que o automóvel estava mais rápido que os demais envolvidos, no entanto, ainda não é possível afirmar se estaria acima do limite.

A expectativa é de que a fabricante contribua com a apuração do caso por meio da leitura do módulo de airbag, que demonstraria a velocidade na batida ou desaceleração. Danilo Vasconcelos, advogado do condutor do veículo, disse para o portal Mais Goiás que está ciente da demanda e que a defesa aguarda o fornecimento deste auxílio técnico. Até o momento, a versão contada é de que o condutor teria sido “fechado” e, por isso, perdido o controle.

Mais cedo, nesta terça-feira (25), o delegado Hellyton Carvalho disse que teria recebido a informação de que o carro estaria sendo conduzido por uma mulher no momento do acidente. Na ocasião, o marido dela, que é médico, se apresentou como motorista.

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“A informação é de que uma mulher estaria no volante do Volvo, e que trocou de lugar com um homem que estava no banco do carona após o acidente. O relato é de uma testemunha, a qual será ouvida nos próximos dias. Além disso, vamos ver se alguma câmera de segurança que flagrou o carro trafegando pela região pode nos tirar essa dúvida”, disse o delegado adjunto da Delegacia de Investigações de Crimes de Trânsito (Dict).

Além disso, a autoridade explicou que a polícia considera duas possibilidades. “Inicialmente, estamos trabalhando com a possibilidade de homicídio culposo, mas, caso seja comprovado que o condutor estava bem acima da velocidade máxima permitida, poderá, sim, responder por homicídio doloso”, afirmou.

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