PF investiga ataque na Terra Yanomami e ouve primeiros depoimentos
Liderança Yanomami denunciou que a comunidade Uxiú foi atacada por garimpeiros armados que “alvejaram” os três indígenas
Por: Rodrigo Melo
Agentes da Polícia Federal (PF) estiveram neste domingo (30) na Terra Indígena Yanomami para apurar o ataque à comunidade indígena Uxiú, em que um yanomami foi morto e outros dois foram baleados na tarde deste sábado (29).
De acordo com a PF, os agentes periciaram o local e ouviram o depoimento preliminar de testemunhas. “Outras diligências seguem em andamento para identificar, localizar e prender os autores dos crimes cometidos contra os indígenas”, garante o órgão, na nota em que menciona que os invasores da terra yanomami e os indígenas chegaram a trocar tiros.
A vítimas que morreu no local era um agente de saúde que atuava na comunidade. As outras duas vítimas foram socorridas no posto de saúde que funciona na própria reserva e, posteriormente, transferidas para o Hospital Geral de Roraima, onde estão internadas.
A Superintendência da PF em Roraima informou que tomou conhecimento no início da noite de sábado (29) que garimpeiros teriam atacado a comunidade indígena. Durante a madrugada, duas equipes do órgão se deslocaram para o local, com o apoio da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e da Aeronáutica. O objetivo, segundo a PF, era não só começar a investigar o que aconteceu, como também “interromper eventuais agressões que ainda estivessem em andamento”.
Garimpeiros armados
Nas mídias sociais, o presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena (Condisi) Yanomami, Júnior Hekurari, denunciou que a comunidade Uxiú foi atacada por garimpeiros armados que “alvejaram” os três indígenas.
A ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, também usou suas contas nas redes sociais para anunciar que uma comitiva interministerial vai a Roraima para “reforçar ainda mais as ações de desintrusão [retirada de não-indígenas] dos criminosos” da área yanomami que, segundo ela, foram atacados a tiros. “Solicitamos reforço do Ministério da Justiça para investigação da PF sobre este caso”. (Com informações da Agência Brasil)
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