Garimpeiros reagem à ação da PRF e morrem, na Terra Indígena Yanomami
O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima confirmou a morte de quatro garimpeiros na noite desse domingo (30), em território da Terra Indígena Yanomami.
Por: Julia Kuramoto
O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima confirmou a morte de quatro garimpeiros na noite desse domingo (30), em território da Terra Indígena Yanomami. Os garimpeiros reagiram a uma incursão de agentes da Polícia Rodoviária Federal e do Ibama. Dessa maneira, segundo o ministério, apreendeu-se armamento de grosso calibre na ação.
“Houve confronto na ação de domingo e quatro garimpeiros morreram, entre eles um foragido da Justiça no Estado do Amapá. Agentes federais apreenderam 11 armas com criminosos: espingardas calibre 12mm, um fuzil e pistolas calibre 45, de uso restrito. Os corpos chegaram a Boa Vista na noite de domingo”, informou o ministério, em nota.
A ação ocorreu após os ataques registrados na TI Yanomami. De acordo com lideranças indígenas, três yanomami sofreram ataques e acabaram sendo baleados na tarde do último sábado (29). Uma das vítimas, um agente de saúde da comunidade, morreu no local, enquanto as duas outras vítimas ainda seguem internadas, no Hospital Geral de Roraima.
O ministério revela que há indícios de que uma facção criminosa contra o garimpo onde ocorreu o confronto. Sendo assim, o ataque desse domingo é o quarto contra equipes do Ibama, desde o início da retomada do território Yanomami, em 6 de fevereiro.
Balanço
Segundo o levantamento do Ministério do Meio Ambiente, após três meses de trabalho, 327 acampamentos de garimpeiro foram destruídos, 18 aviões, 2 helicópteros, centenas de motores e dezenas de balsas, barcos e tratores.
Além disso, também foram apreendidas 36 toneladas de cassiterita, 26 mil litros de combustível, bem como equipamentos utilizados por criminosos.
Imagens de satélite apontam uma redução de cerca de 80% de áreas desmatadas para mineração de fevereiro a abril, em relação ao mesmo período do ano passado.
