Sucesso em imunização de bovinos está ligado ao manejo correto de vacinação, diz especialista

Zootecnista aponta que existem dois pontos essenciais para a vacinação correta, entre elas a escolha do ambiente para aplicação

Postado em: 02-05-2023 às 11h37
Por: Mariana Fernandes
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Zootecnista aponta que existem dois pontos essenciais para a vacinação correta, entre elas a escolha do ambiente para aplicação | Foto: Divulgação/ iStock

A pecuária passa por vários desafios que comprometem a lucratividade do negócio. Um deles é o necessário controle de infestações de parasitas e de doenças nos rebanhos. Segundo o zootecnista e consultor técnico-comercial, Daniel Takeshita, há várias formas de proteger o plantio. Seja medicando, com tratamento após a infecção, ou prevenindo – com a vacinação. 

Em outras palavras, segundo o especialista, não basta “apenas vacinar”. “É um dever do criador dar atenção especial para os animais, começando pela boa organização no curral. Muitos produtores acreditam que apenas inserir a agulha e o conteúdo vacinal no bovino fará o efeito desejado contra determinada doença. Isso não é verdade. Quando o animal passa por estresse no manejo de vacinação, seu organismo pode rejeitar o imunizante ou parte dele. É como se não fosse feita a vacinação como necessário”. Assim, os recursos usados para compra do insumo acabam sendo “perdidos”, a produtividade do animal cai devido ao estresse gerado e o tempo utilizado para o manejo de vacinação é perdido.

Daniel explica que para o sucesso da vacinação dois pontos são essenciais. “O ambiente para aplicação e a adoção de tecnologias de apoio, como o tronco de contenção individual, que proporciona conforto da entrada à saída do gado, são um dos prontos ideais para o sucesso na vacinação”.

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“Há pecuaristas que relutam à adoção de tecnologias, mas a pecuária não tem mais espaço para amadores. Afinal, já foi provado cientificamente que a contenção individual melhora os procedimentos e oferece mais eficiência no manejo dos animais. A vacinação coletiva é um processo ultrapassado. Os animais pulam, podem se machucar, e os operadores têm mais risco de se ferir e a vacinação provavelmente não terá o efeito desejado”, aponta.

Em maio, somente no estado de São Paulo, a expectativa é de que 11 milhões de bovinos e bubalinos sejam vacinados contra a febre aftosa – uma doença viral que causa feridas na boca, língua, nariz e casco dos animais. Para os produtores de carne e leite, é extremamente importante seguir a cartilha da boa vacinação, buscando a eficácia na imunização para reduzir as possibilidades de prejuízos econômicos exacerbados, com impacto na produção da proteína animal. Além disso, também é importante a imunização de todo o plantio do país para evitar mais um bloqueio nas exportações dos alimentos.

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