Com Torres livre, só um integrante da cúpula da segurança do 8/1 segue preso

Trata-se do ex-comandante de Operações da Polícia Militar (PMDF) coronel Jorge Eduardo Naime

Postado em: 12-05-2023 às 08h54
Por: Francisco Costa
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Trata-se do ex-comandante de Operações da Polícia Militar (PMDF) coronel Jorge Eduardo Naime (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Na quinta-feira (11), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinou a soltura de Anderson Torres, ex-secretário de Segurança Pública do DF que estava preso desde 14 de maio por suspeita de conivência com os atos de 8/1. Com isso, o único membro da cúpula de segurança que segue preso é o ex-comandante de Operações da Polícia Militar (PMDF) coronel Jorge Eduardo Naime.

O militar também foi preso na investigação aos ataques aos Três Poderes, em Brasília, em 8 de janeiro. Ele foi detido em 7 de fevereiro, por determinação de Alexandre de Moraes, durante a 5ª fase da Operação Lesa Pátria.

No dia 20 de março a defesa dele chegou a pedir a liberação, mas o pedido foi negado. Segundo os advogados, em 8 de janeiro ele foi convocado “às pressas” e “chegou ao palco dos eventos fardado, preparado para operar, e coordenou as tropas, mesmo ferido”.

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Vale citar, ele pediu folga quando era comandante de Operações da PMDF, chegando a ser dispensado na véspera das invasões. Em 10 de janeiro ele foi exonerado do cargo de chefia por Ricardo Cappelli, ex-interventor federal na segurança pública do DF junto com outros 12 servidores.

Soltura de Torres

O ministro do STF, Alexandre de Moraes, determinou a soltura do ex-ministro da Justiça do governo Jair Bolsonaro (PL), Anderson Torres, preso desde 14 de janeiro em função das investigações sobre os atos golpistas ocorridos no dia 8 daquele mês. Na ocasião, ele estava à frente da Secretaria de Segurança do Distrito Federal.

Apesar da liberação, o magistrado determinou uma série de regras a Torres:

  • uso de tornozeleira eletrônica;
  • proibição de deixar o Distrito Federal e de sair de casa à noite e nos fins de semana;
  • afastamento temporário do cargo de delegado de Polícia Federal;
  • comparecimento semanal na Justiça;
  • entrega do passaporte à Justiça e cancelamentos de todos os passaportes já emitidos para Torres ;
  • suspensão de porte de armas de fogo, inclusive funcionais;
  • proibição de uso de redes sociais; e
  • proibição de comunicação com os demais investigados no caso.

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